Edson Arantes do Nascimento foi sepultado no começo da tarde desta terça-feira (3) no cemitério Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos, no litoral de São Paulo. Já Pelé, a lenda da qual se vestiu Edson nas últimas seis décadas, nas quais encarnou a figura mítica do maior atleta da história da humanidade e do ser humano mais famoso, prestigiado e reverenciado do mundo, segue vivo.
O cortejo com o corpo do Rei do Futebol saiu do paradoxalmente monumental e modesto Estádio Urbano Caldeira, a Vila Belmiro, pouco depois das 11h, e então passou a circular pelas ruas da cidade que o projetou ao mundo. Pelé só é Pelé por causa do Santos e Santos só é Santos por causa de Pelé.
O cortejo fúnebre fez um grande trajeto até o bairro da Ponta da Praia, num dos extremos do município, para passar pelo local onde Pelé viveu por muitos anos e onde sua mãe, dona Celeste, de 100 anos, ainda vive. Para isso, o carro do Corpo de Bombeiros, com cadetes fardados da Polícia Militar, atravessou quase que totalmente a avenida da praia da cidade praiana. O comboio com o corpo do Atleta do Século percorreu seu último caminho, rumo ao moderno e sofisticado cemitério vertical, o maior do mundo, onde o Rei do Futebol repousará num mausoléu localizado no primeiro andar.
Segundo dados da PM e da Prefeitura de Santos, mas de 230 mil pessoas foram render homenagens a Pelé durante todo o período que durou seu velório. Nas imagens que circulam pelas redes sociais, uma comoção imensa, de milhares de pessoas, se estendeu pelas ruas do município.
Pouco antes das 9h30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou à Vila Belmiro, com uma grande escolta formada por policiais federais, militares e guarda-costas das Presidência. Ele foi até o caixão de Pelé, colocado no centro do gramado e coberto por um toldo, onde conversou com os familiares e amigos do ex-jogador.