CASO DANI ALVES

Enquanto vítima toma coquetel antiviral, Daniel Alves tem rotina sem privilégios na prisão

Lateral direito está em unidade destinada a acusados de agressões sexuais e divide cela com brasileiro; Advogada revela mais detalhes do abuso

Enquanto vítima toma coquetel antiviral, Daniel Alves tem rotina sem privilégios na prisão
Daniel Alves.Enquanto vítima toma coquetel antiviral, Daniel Alves tem rotina sem privilégios na prisãoCréditos: Lucas Figueiredo/CBF
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O lateral direito Daniel Alves, que fez história no FC Barcelona e na Seleção Brasileira, está preso desde a última sexta-feira (20) acusado de abuso sexual e estupro por uma mulher espanhola de 23 anos. A ação ocorreu no banheiro da discoteca Sutton, famosa por abrigar festas das classes altas de Barcelona. E enquanto vítima toma coquetel antiviral, o jogador tem uma rotina sem privilégios na prisão.

Daniel Alves foi transferido na última segunda-feira (23) do presídio Brians 1 para o Brians 2. A ideia das autoridades espanholas era coloca-lo em um ambiente mais seguro, uma vez que a integridade física do jogador agora está sob responsabilidade do estado espanhol. Entre outras causas da mudança, Alves foi levado para um local que abriga acusados de crimes sexuais a fim de que pudesse ter um cotidiano “normal”, ou seja, sem a necessidade de maiores medidas de segurança.

Em Braians 2, Dani Alves divide uma cela de 6 metros quadrados com outro brasileiro, conhecido como Coutinho. Especialistas ouvidos pelo jornal El Periodico, de Barcleona, apontam a companhia de Coutinho será importante para a adaptação do novo interno.

A rotina de Daniel Alves, sem privilégios, é igual a de qualquer outro preso. As atividades se iniciam às 8h para encerrarem-se às 22h, em momento em que as celas são trancadas e as luzes apagadas. A unidade prisional possui uma série de espaços, como de atendimento médico, oficinas ocupacionais, ginásio para prática de esportes, refeitório, entre outros.

Ainda não se sabe quanto tempo pode durar a estadia de Daniel Alves no local. Especialistas estimam que ele pode permanecer até 4 anos, período em que seu julgamento pode ser prolongado. Na sentença que o levou preso, a juíza Maria Concepción Canton Martín determinou que o jogador aguardasse o julgamento preso pois havia o risco de fuga para o Brasil e não retorno à Espanha, como no caso do atacante Robinho, condenado pelo mesmo crime na Itália e que agora está no Brasil onde não precisará responder.

Enquanto Daniel Alves vai se adaptando à cadeia, também a sua vítima tenta adaptar-se à realidade de alguém que sofreu um crime desta natureza. Segundo a advogada Ester García López, a mulher de 23 anos está tomando coquetel antiviral a fim de remediar eventuais contaminações sexualmente transmissíveis. Segundo a advogada, o jogador não usou preservativos durante o abuso sobre sua cliente.

Além disso, García Lópes afirmou ao Uol que sua cliente tem feito uso de ansiolíticos para conseguir dormir e recebe atendimento psicológico através de uma entidade pública especializada em vítimas de crimes sexuais.

De acordo com a advogada, a vítima não ingeriu bebidas alcoólicas na noite de 30 de dezembro de 2022, quando ocorreu o crime. Seria essa a razão da memória em relação aos fatos estar tão apurada. A vítima contou a mesma história, com riqueza de detalhes, na ocasião do crime para a política e novamente cerca de 20 dias depois para a juíza.

*Com informações do Uol.

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