Uma ação promovida pelo Santos Futebol Clube chamou a atenção dos torcedores que foram à Vila Belmiro, nesta terça-feira (27), para assistir ao jogo do clube contra o Athletico-PR, pelo Campeonato Brasileiro. O Peixe venceu por 2 a 0.
Uma série de atividades homenageou os países da África, como a estreia do terceiro uniforme do clube. As camisas receberam padronização africana, um patch comemorativo e os nomes dos jogadores foram substituídos por nações do continente celebrado.
A camisa também fez referência a um dos momentos mais emblemáticos do esporte, quando o Santos, comandado por Pelé, paralisou uma guerra.
O fato ocorreu em 1969, na cidade de Benin, na Nigéria. O Peixe viajou a convite do governo local para uma zona de conflito e disputou uma partida amistosa com a seleção do Meio-Oeste do país africano. O Santos venceu por 2 a 1, o estádio ficou totalmente lotado e o conflito foi suspenso durante o jogo.
“A camisa que estreamos contra o Athletico-PR faz uma homenagem ao continente africano, em especial ao país da Nigéria, onde o Santos parou uma guerra. A gente tem comunicado ao longo deste ano, e será assim também no ano que vem, uma campanha chamada ‘Santos do Mundo’, contando os feitos, conquistas que o clube tem em todos os países”, relatou Rafael Soares, executivo de marketing do Santos.
A campanha tem como objetivo a internacionalização da marca e, para isso, o clube ainda vai promover inúmeras ações também no exterior.
“Alguns dos pilares da comunicação são os uniformes. Lançamos os primeiros dois uniformes no ano, a camisa principal branca e o uniforme dois, o listrado, em homenagem a Portugal, já que neste ano se celebra o título do Mundial, vencido contra o Benfica, em 1962, no Estádio da Luz, em Portugal. A gente lançou a camisa lá em Portugal, fazendo uma menção ao continente europeu. Para a camisa três, a gente fez essa homenagem para a África”, destacou Rafael.
Para o evento no dia da partida contra o Athletico-PR, o Santos convidou os embaixadores de todos os países africanos para assistir ao jogo na Vila Belmiro.
“Recebemos os embaixadores da Nigéria, África do Sul, República do Congo e Namíbia. Além disso, fizemos uma solenidade no nosso Memorial das Conquistas, onde os recebemos com equipe de dança africana. E, ainda, 23 sócios do Santos agitaram as bandeiras dos 23 países africanos, dentro do gramado do jogo na Vila Belmiro”, contou o executivo de marketing.
Cem refugiados de origem africana assistiram ao jogo
Outra ação teve a participação do patrocinador oficial do Santos. A Hebron, em parceria com a organização Pacto Pelo Direito de Migrar (Pdmig), viabilizou a chegada de 100 refugiados de origem africana para assistir ao jogo na Vila Belmiro.
“Entre essas pessoas, 11 crianças africanas entraram em campo com nosso elenco, como mascotes dos jogadores. Uma delas entregou a bola do jogo”, revelou Rafael.
Também estiveram presentes nas arquibancadas do estádio convidados do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e do Observatório da Discriminação Racial no Futebol.
“O Santos dedicou esse período de sua temporada para celebrar e homenagear o continente africano, por quem o clube tem muita afinidade. A gente está contando essa história toda no nosso portal que é www.santosdomundo.com.br”, completou o executivo de marketing do clube.