O jogador de vôlei Maurício Souza, conhecido por suas declarações e postagens homofóbicas, vai receber a maior honraria da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp): o colar de Honra ao Mérito Legislativo.
A condecoração, que acontecerá no dia 9 de maio, vai ser entregue pela deputada estadual Letícia Aguiar (Progressistas), segundo o UOL.
O jogador bolsonarista ganhou projeção depois que a DC Comics divulgou que o novo Super-Homem, filho de Clark Kent, iria se descobrir bissexual nas próximas edições das histórias em quadrinhos. Depois da publicação, Maurício postou a foto de divulgação do Super-Homem e fez a postagem homofóbica: “Ah é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”.
Depois, disso, por pressão de patrocinadores, mídia e opinião pública, o jogador foi demitido do Minas Tênis Clube, sua equipe naquele momento, além de ser afastado da seleção brasileira.
A decisão do Minas de afastar o jogador só aconteceu após pressão de patrocinadores, como a Fiat e a Gerdau. O clube vinha adotando postura tímida até então. Mesmo assim, o fato gerou repercussão e fez outros atletas se posicionarem contra a homofobia.
Bolsonaro defende o jogador: “Tudo é homofobia, tudo é feminismo”
Com a habitual grosseria, Jair Bolsonaro (PL), à época criticou a decisão da direção da equipe de vôlei do Minas de afastar Maurício.
“Puta que o pariu, impressionante, né? Tudo é homofobia, tudo é feminismo”, declarou o presidente.
O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) também se apressou em defender Maurício. O filho do presidente disse que o jogador não fez mais do que “exercer o direito à liberdade de expressão”.
Maurício já era reincidente em postagens homofóbicas
Não foi a primeira vez que o bolsonarista Maurício faz postagens homofóbicas nas redes.
Em outubro de 2017, o jogador publicou: “Sou do tempo que fumar era bonito e dar a bunda era feio! Hoje fumar é feio e dar a bunda é bonito! Sorte que sou velho”, dizia a frase compartilhada por Maurício. Ele repetou a publicação em agosto de 2021.