O narrador esportivo Galvão Bueno se despediu das transmissões de copas do mundo pela TV Globo nesta sexta-feira (9), onde estava desde 1980, após a derrota para Croácia, nos pênaltis, e emocionado fez um discurso falando sobre suas façanhas na função, refutando qualquer um que o chame de pé frio, já que o foi imortalizado como a voz do Tetra, em 1994, e do Penta, em 2002.
“Vambora lá, pra mim... Nessa televisão aberta, na Globo, depois de 42 anos de Globo, eu me despeço da seleção brasileira em copas do mundo, e antes que alguém diga ‘ah, o Galvão foi pé frio’, não... dois títulos ó, tá aqui (aponta para a garganta), três finais, dois títulos aqui ó, o Tetra e o Penta, Tá bom? Estaremos juntos... Obrigado mais uma vez pelo carinho, pela audiência, por todo mundo estar ligado, por todo mundo estar junto, imagino que todo mundo deve estar sentindo”, começou dizendo.
Mas o homem que criou bordões como “olha o que ele fez, olha o que ele fez”, “ééééé, do Brasiiiiil” e “eeeeergue o braço” ainda teve tempo de deixar um recado que gerou burburinho nas redes. Galvão parecia querer falar de política, mas ficou tímido e apenas tangenciou o tema, deixando uma mensagem que foi interpretada nas redes como pró-Lula, desejando ao país melhores dias.
“Mas faço sempre questão de dizer uma coisa, é como eu sempre disse: uma vitória no futebol não resolve os problemas de um país, uma vitória no futebol não resolve os problemas do mundo, as coisas continuam acontecendo, e vamos esperar que as coisas possam estar melhores, que o mundo possa se ajustar mais, que a inclusão possa aumentar ainda mais, que tudo isso possa acontecer, tá bom?”, concluiu o narrador.
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