O Corinthians anunciou, nesta segunda-feira (5), a contratação do auxiliar técnico Rodrigo Santana. Porém, o clube do Parque São Jorge voltou atrás, nesta terça (6), depois de se tornar público o fato de que o profissional, apoiador de Jair Bolsonaro (PL), participou de um ato golpista.
A diretoria desistiu diante da grande pressão exercida por conselheiros do clube em grupos de WhatsApp e da própria torcida corintiana nas redes sociais, de acordo com o Globo Esporte.
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No dia 2 de novembro, Santana compartilhou uma selfie na manifestação em frente à Companhia de Comando da 4ª Região Militar, em Belo Horizonte (MG). O ato foi organizado por bolsonaristas e os integrantes seguravam cartazes pedindo "intervenção militar".
Ele também faz parte do grupo delirante que contesta a vitória de Lula (PT) nas urnas.
Além disso, o profissional, fã declarado de Bolsonaro, também foi flagrado propagando fake news nas redes sociais. Em mensagem, o Instagram anunciou que o auxiliar “publicou repetidamente informações falsas que foram analisadas por verificadores de fatos independentes ou que eram contra as diretrizes da comunidade".
Sócrates, Casagrande e Wladimir comandaram movimento Democracia Corintiana
O Timão tem um histórico ligado aos movimentos populares. A Democracia Corintiana, em meio à ditadura militar, durou de 1982 a 1984 e foi liderado por jogadores consagrados, como Sócrates, Wladimir, Casagrande, Biro-Biro e Zenon.
Além de participarem da campanha Diretas Já, que defendia o voto para presidente da República, os atletas fizeram com que o Corinthians fosse administrado de uma forma revolucionária. Decisões importante, como contratações, escalações e regras internas eram decidias em conjunto. Todos os votos tinham o mesmo peso.