O Ministério Público de Madri, na Espanha, informou nesta sexta-feira (2) que uma ação que investigava cantos racistas da torcida do Atlético de Madrid contra o atacante brasileiro Vinícius Júnior foi arquivada. A promotoria deu uma justificativa totalmente vazia para o arquivamento da denúncia.
Vini Júnior, além de atuar como atacante da Seleção Brasileira na Copa do Mundo do Catar, é jogador do Real Madrid. Em setembro deste ano, durante uma partida contra o Atlético de Madrid, o brasileiro foi alvo de cantos racistas da torcida do time adversário. "É um macaco, Vinícius é um macaco", cantavam os torcedores.
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A promotoria espanhola, no entanto, alegou que os cantos "não constituiriam crime contra a dignidade da pessoa afetada", afirmando ainda que as ofensas racistas "duraram apenas alguns segundos". Além disso, argumentou que, apesar de "desagradáveis, inapropriadas e desrespeitosas", os cantos foram proferidos em "um jogo de futebol de máxima rivalidade, junto com outras alusões pejorativas marcadas por essa competição esportiva".
Esteban Ibarra, presidente do Movimento contra a Intolerância, o Racismo e a Xenofobia, que apresentou a denúncia em favor de Vini Júnior e contra os torcedores do Atlético, questionou a decisão da promotoria em entrevista ao El País. "Quem mata passa duas horas esfaqueando? Ou dois minutos? Isso é incrível", pontuou.