Acusado de assédio sexual e moral por uma funcionária da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, presidente afastado da entidade, ingressou com uma petição para tentar voltar ao cargo. Ele pediu à Comissão de Ética que revogue a suspensão.
Caboclo é alvo de uma nova denúncia de assédio moral, confirmada neste sábado (26) por integrantes da Comissão de Ética da CBF. O relato partiu de um diretor da entidade e o dirigente, agora, é alvo de duas acusações de assédio.
O diretor de Tecnologia da Informação da entidade, Fernando França, alegou que o dirigente o injuriou, difamou e fez ameaças na frente de outros funcionários.
Segundo a petição de Caboclo, a Comissão de Ética do Futebol Brasileiro (CEFB) fundamentou o afastamento com base em artigos “referentes a prerrogativas exclusivas de outros poderes da entidade”.
“Em outras palavras, seja no Estatuto da CBF, seja no CEFB, não existe qualquer norma que disponha acerca da existência do instituto do afastamento compulsório, provisório e temporário, conforme consta da decisão atacada nesta petição, ou muito menos o tenha previsto como prerrogativa da CEFB”, dizem os advogados.
Desnecessário
A defesa argumenta, ainda, que a suspensão se mostra desnecessária. “A denunciante já apresentou provas e prestou depoimento, tendo sido também realizada a oitiva de diversas testemunhas – o que apenas ratifica ser absolutamente desnecessária a medida de afastamento”, relata um trecho do documento.
Outro argumento apresentado pela defesa de Caboclo é a “situação de acefalia no comando da CBF”, com a “prática de desmandos internos”.
Com informações da CNN-Brasil