Após o escândalo que afastou Rogério Caboclo da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), denunciado por assédio sexual e moral, a entidade precisa lidar com algumas “heranças” deixadas por ele.
A CBF encontrou compradores e deve vender um avião comprado pelo dirigente, em 4 de junho, último dia antes de ele deixar o cargo, de acordo com reportagem de Gabriela Moreira e Martín Fernandez, no Globo Esporte.
A aeronave foi adquirida por R$ 71 milhões, em uma autêntica farra com dinheiro da entidade, e o negócio será fechado na segunda-feira (14), pelo mesmo preço que a CBF pagou.
Trata-se de um avião Legacy 500, com capacidade para 16 pessoas, fabricado pela Embraer, e que, portanto, não deve ser usado sequer um dia pela entidade.
A entidade também desistiu de vender o Cessna Citation, para 12 pessoas, por R$ 22 milhões. A diferença, de R$ 49 milhões, representa o valor do superávit da entidade em 2020.
Assédio
O objetivo da entidade, após o afastamento de Caboclo, é desfazer o negócio feito por ele em seu último dia útil como presidente. Na sexta-feira (4), o cartola foi alvo de denúncias de assédio sexual e moral por uma funcionária da CBF.
Caboclo chegou a ser questionado por diretores da entidade a respeito da necessidade da compra de um novo avião. A ideia do dirigente era usar o "mimo" durante a Copa América no Brasil.