O narrador Luís Roberto se indignou nesta segunda-feira (31) com a notícia de que a Copa América será realizada no Brasil, em meio ao descontrole da pandemia do coronavírus. Ele deu uma contundente declaração sobre o assunto, com críticas ao governo de Jair Bolsonaro, ao vivo durante o programa Seleção SporTV, no canal por assinatura SporTV.
"Isso é uma vergonha. O boladão hoje vai chegar com tudo. Essa Copa América fora de hora, que já não deveria ser realizada. Claro, a pandemia interrompeu várias competições mundo afora, e obviamente que neste momento, com o calendário todo estrangulado no Brasil, a Copa América é só mais um torneio caça-níquel, sem nenhuma expressão nesse momento. A última que foi disputada no Brasil teve sua relevância, sua atmosfera", disse o narrador, antes de subir o tom e citar, inclusive, a demora do governo brasileiro em responder cartas da Pfizer sobre vacinas contra a Covid-19.
"Além de desfalcar os times, de absolutamente amontoar o calendário, um mês de Copa América... Já seria ridícula a realização dela em condições normais, aí vem a notícia, depois da desistência de vários países irmãos, que não têm condições por conta da pandemia de realizar a Copa América, e no país que tem a pandemia descontrolada, que levou nove meses para responder à carta da Pfizer, respondeu em dez minutos que 'vamos fazer a Copa América'. Abertura em Brasília, jogos em Natal, Pernambuco, final com público. É inaceitável! A sociedade brasileira, a coletividade do futebol e do esporte, nós não podemos aceitar essa decisão. Que se realize, que faça o que bem entenderem, que os negacionistas façam caravanas à Brasília, para ter público na grande final. Momento apoteótico dessa porcaria dessa competição! É uma vergonha! É um tapa na cara dos brasileiros!", disparou Luís Roberto.
Assista ao trecho.
Copa América no Brasil
A realização da Copa América no Brasil foi acertada pela manhã em reunião entre representantes da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro, general Luiz Eduardo Ramos.
Após o cancelamento do campeonato na Colômbia, em razão dos protestos políticos no país, e na Argentina, devido à restrições sanitárias, Bolsonaro pediu prioridade ao ministro para trazer o campeonato ao Brasil, com a anuência de Paulo Guedes, da Economia.
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