A velocista Rosângela Santos, bronze no revezamento 4x100m feminino nas Olimpíadas de Pequim, usou as redes sociais para desabar após ter sido dispensada pelo clube Pinheiros sem explicação. Ouro em quatro oportunidades nos Jogos Pan-Americanos, a atleta teve que virar motorista de aplicativo para se sustentar.
"Sem nenhuma explicação plausível do responsável. Acham mesmo que vale a pena passar por tudo isso. Ter que levantar cedo, ir treinar dois períodos, depois ter que pegar o carro e fazer corridas no app para poder ter renda? Estou vendo que o momento de me aposentar do atletismo está cada vez mais perto", declarou.
Santos revelou ainda que o Pinheiros chegou a abaixar seu salário com a promessa de que receberia mais, mas acabou dispensada.
"Essa situação me revoltou muito, principalmente com a falta de respeito. Ser sincero e honesto, isso não foi feito. Fui a duas Olimpíadas, campeã Pan-Americana, entre outros. Deixei de ir para outro clube para receber mais. Aceitei o corte esse ano com a promessa de receber depois, mas acabei dispensada", reagiu.
A situação de Rosângela Santos expõe o drama de atletas olímpicos, que não possuem o incentivo nem de seus clubes para seguir competindo.
Bronze nos 50m Livre em Tóquio, o nadador Bruno Fratus lamentou o episódio. "Passada a euforia olímpica é isso que (quase sempre) sobra", tuitou.