O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), alfinetou o presidente Jair Bolsonaro pouco antes do início do Grande Prêmio do Brasil (agora chamado de GP São Paulo) de Fórmula 1, em Interlagos (SP), realizado neste domingo (14). Em entrevista coletiva no autódromo, o tucano disse que o chefe do Executivo não entraria no evento nem como convidado.
?"Aqui no autódromo de Interlagos só podem entrar pessoas vacinadas e o presidente da República do Brasil, como sabem, não está vacinado. Logo, não pode ter acesso ao autódromo nem como convidado nem se tivesse comprado o seu ticket porque aqui só entram pessoas vacinadas", disparou o governador paulista.
Desde 2019 que Bolsonaro e Doria, para além da batalha política relacionada à pandemia do coronavírus, travam uma disputa com relação à Fórmula 1. O presidente atuava para tirar o evento esportivo de São Paulo e levá-lo para o Rio de Janeiro, mas Doria, junto à empresa responsável pelo Grande Prêmio, conseguiu mantê-lo em Interlagos.
Não à toa o Palácio do Planalto não enviou nenhum representante à corrida, que configura um dos principais eventos esportivos nacionais.
Chofer de Bolsonaro, Piquet não vai
O ex-piloto Nelson Piquet – que foi chofer do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) nas comemorações do 7 de Setembro, recusou os convites da organização da Fórmula 1 e não compareceu GP de São Paulo neste final de semana.
O tricampeão mundial da categoria perdeu a corrida do seu genro, Max Verstappen, que namora Kelly Piquet.
De acordo com informações do colunista do UOL Fábio Seixas, o motivo é a rixa entre Bolsonaro, de quem Piquet é fã, e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Os dois já trocaram várias farpas publicamente sobre a realização da competição.
Segundo Seixas, Piquet conversou com os promotores do GP sobre sua presença na prova e até os últimos dias estava considerando vir a Interlagos. Mas mudou de ideia, com receio de que sua imagem, de alguma forma, fosse ligada a Doria.