Mal-estar na seleção: Tite é cobrado por curtidas de mensagens homofóbicas do filho

Durante coletiva que anunciou os convocados, treinador e coordenador tiveram de explicar como a comissão técnica lida com o tema entre os atletas

Tite e o filho Matheus - Foto: Lucas Figueiredo/CBF
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O técnico Tite convocou, nesta sexta-feira (29), os jogadores da seleção brasileira para as duas últimas partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. No entanto, o assunto que dominou as atenções foi homofobia.

O coordenador da seleção, Juninho Paulista, foi questionado sobre como a comissão técnica lida com o tema entre os atletas.

A polêmica surgiu depois que o auxiliar-técnico Matheus Bachi, filho de Tite, curtiu uma postagem homofóbica feita pelo jogador de vôlei, Maurício Souza, que acabou demitido do Minas Tênis Clube.

Além disso, o filho do treinador tem curtido outras mensagens em redes sociais de perfis críticos aos movimentos feministas e LGBTQIAP+.

Juninho Paulista respondeu que a seleção repudia atitudes como a de Maurício. “A CBF soltou ontem um comunicado que retrata bem o que a gente pensa Todos somos iguais. A CBF faz campanha há mais de uma década sobre isso, sobre respeito ao esporte solidário”, afirmou.

Tite resolveu se posicionar também, apesar do constrangimento provocado por seu filho, e falou ao repórter que o indagou sobre o caso.

“Colocaste e não trouxeste para mim na medida que sou pai do Matheus. Todo preconceito... E me foi perguntado em termos raciais um tempo atrás em relação aos técnicos negros. Todo preconceito não deve existir, estamos num processo de igualdade na sociedade, seja de cor, raça ou sexo. Quem pode olhar na sequência aquilo que foi manifestado pela entidade pode ter complemento em cima da pergunta”, disse.

A nota da CBF

Tite e Juninho se referiram a uma nota da CBF encaminhada ao jornal O Globo, que publicou o apoio de Matheus Bachi em postagens homofóbicas. Após a repercussão, o filho do técnico acabou retirando as curtidas.

A nota diz: “A CBF reforça seu compromisso com um futebol livre de qualquer preconceito ou discriminação. Por meio da campanha ‘Todos Iguais’, existente há quase uma década, defende um esporte solidário e que integre todas as cores, origens, crenças, gêneros ou condições físicas, utilizando como plataforma de divulgação suas competições e atividades da seleção brasileira”.

Com informações de O Dia