A Procuradoria da Justiça Desportiva solicitou a abertura de inquérito para apurar a denúncia de injúria racial que teria sido cometida pelo atleta Ramírez, do Bahia, contra Gérson, do Flamengo, durante partida entre as duas equipes no dia 20 de dezembro de 2020. O tribunal divulgou nesta quarta-feira (13) que o auditor Maurício Neves Fonseca será o responsável por conduzir inquérito. Ele terá 15 dias para a ação, prorrogáveis por mais 15.
No dia da partida, Gérson disse que, durante o jogo, foi falar com o atleta do time adversário, que teria respondido: “Cala a boca, negro”.
Na denúncia que fez ao STJD do futebol, o Flamengo relata que seu zagueiro Natan ouviu a ofensa. Ainda ressalta que o atacante rubro-negro Bruno Henrique também estava próximo e tinha tido uma discussão com Ramírez antes do fato.
Segundo o comunicado do STJD, Ramírez, um dia após a partida, negou que tivesse cometido qualquer ofensa de cunho racial e alegou ter sido mal entendido, uma vez que é colombiano e não domina a língua portuguesa.
Se no decorrer do inquérito ficar provada a denúncia, Ramírez pode ser denunciado por prática de conduta discriminatória prevista no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Além de Gérson e Ramirez, deverão ser ouvidos Natan, Bruno Henrique e o técnico Mano Menezes, que dirigia o Bahia no dia da partida. Os árbitros que atuaram no jogo também deverão ser chamados a depor.