Este sábado (29) marcou o reinício dos playoffs da NBA após a paralisação pelos protestos dos jogadores contra o abuso policial contra Jacob Blake, um homem negro que recebeu sete tiros pelas costas diante dos seus filhos – sobreviveu ao ataque, mas deve ficar paralítico.
Porém, o destaque não esteve no jogo. Antes de a bola rolar, os jogadores e treinadores participaram de um pequeno ato para incentivar os estadunidenses a irem às urnas no dia 3 de novembro, e que votem em candidaturas antirracistas.
Vale lembrar que o voto nos Estados Unidos não é obrigatório. Os atletas da NBA e a própria liga como entidade decidiram apoiar uma campanha de incentivo ao voto, de tal forma que todos os ginásios dos clubes da principal liga estadunidense de basquete serão transformados em locais de votação.
Por parte dos jogadores, além do incentivo a votar, também há um discurso em defesa do voto em candidaturas comprometidas com a causa da reforma das polícias, para desmantelar a estrutura racista vigente nessas instituições desde o início da história estadunidense.
Steve Clifford, técnico do Orlando Magic, disse que “é importante não apenas ir votar, mas também convencer os seus amigos a votar. Votar para presidente e também para os cargos legislativos e regionais, porque eleger quem estará na Casa Branca é tão importante quanto eleger a liderança do seu distrito”.
Outro técnico que fez seu discurso foi Doc Rivers, do Los Angeles Clippers. “Você não precisa ser negro para se revoltar. Você só precisa ser norte-americano para se revoltar com essa cena (…) não queremos tirar os recursos da polícia. O que queremos é reformar a polícia, para que ela nos proteja”, declarou o estratega.
Na quadra, Milwaukee Buck, time de Wisconsin – o mesmo estado onde ocorreu o ataque a Jacob Blake, venceu por o Orlando Magic por 118 a 104, fechou a série de quartas-de-final por 4 a 1 e avançou às semifinais da Conferência Leste. Seu próximo adversário será outro time da Flórida, o Miami Heat.