A greve dos jogadores da NBA já tem um inimigo número 1: o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Nesta quinta-feira (27), o magnata acusou a liga estadunidense de basquete de ter se transformado em uma “organização política”, e criticou os jogadores por se recusaram a entrar em quadra, em protesto contra a violência policial no país exercida especialmente contra pessoas negras.
“Não sei muito sobre o protesto da NBA. Sei que sua audiência tem sido muito ruim, porque as pessoas estão um pouco cansadas da NBA. Ela se tornou uma organização política e isso não é bom. Não acho que isso seja bom para os esportes ou para o país”, afirmou Trump.
Na quarta-feira (26), a NBA adiou jogos após o Milwaukee Bucks decidir não entrar em quadra, decisão que foi acatada por outros times, como Los Angeles Lakers e Houston Rockets. Em seguida, o craque LeBron James, um dos mais destacados basquetebolistas da atualidade, defendeu que o protesto fosse abraçado por todos os jogadores da liga, e obteve amplo respaldo.
A postura dos jogadores foi tomara em protesto contra o abuso sofrido por Jacob Blake, um homem negro da cidade de Kenosha, estado de Wisconsin, no norte do país. Ele atacado por policiais no domingo (23) e sofreu sete disparos pelas costas, quando tentava entrar em seu carro, onde estavam seus três filhos, que viram toda a cena.
A vítima ainda se encontra viva, embora em estado grave e com risco vital. Também sofreu lesões na coluna que o deixarão paralítico pelo resto da vida.