Jorge Jesus: "Racismo está muito na moda. É qualquer coisa que se diga a um negro"

Técnico do Benfica foi questionado sobre o insulto racista que paralisou o jogo entre PSG e Istanbul. Ele defendeu ainda que racismo é questão de "opinião"; assista

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O técnico do Benfica, Jorge Jesus, minimizou o racismo ao ser questionado em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (9), sobre o insulto racista que paralisou o jogo entre Paris Saint-Germain e Istanbul Basaksehir.

“Não sei o que aconteceu, o que se falou, o que se disse, mas hoje está muito na moda isso do racismo. Como cidadão tenho o direito de pensar à minha maneira e só posso ter uma opinião concreta quando souber o que se disse naquele momento”, disse o treinador.

“Hoje, qualquer coisa que se possa dizer a um negro é sempre sinal de racismo, a mesma coisa contra um branco já não é sinal de racismo. Está se implantando essa onda no mundo. Talvez até houve algum sinal de racismo, mas não sei o que disseram”, completou o português.

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Em atitude histórica, os jogadores de PSG e Istanbul deixaram o campo onde disputavam partida pela Liga dos Campeões após o insulto racista proferido pelo quarto árbitro, o romeno Sebastian Coltescu.

O árbitro teria dirigido a ofensa contra o camaronês Pierre Webó, ex-atacante e integrante da comissão técnica da equipe turca. O atacante senegalês Demba Ba, que estava no banco de reservas do Istanbul, ficou indignado com a ofensa feita por Coltescu e começou um bate-boca com o árbitro.

“Você nunca diz ‘aquele cara branco’, você diz ‘aquele cara’. Me escute, por que quando você menciona um cara negro você diz ‘aquele negro ali?’”, questionou. Os jogadores das duas equipes resolveram sair de campo. Primeiro os da equipe turca, que foram seguidos pelos do time francês.

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