A taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,6% no trimestre encerrado em abril de 2025, mantendo-se estável em relação ao período anterior (6,5%) e recuando 1 ponto percentual na comparação anual. Os dados são da PNAD Contínua, divulgada nesta quinta-feira (29) pelo IBGE.
Assim, o Brasil fica a dois décimos dos 6,4%, que a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) considera pleno emprego.
O número de pessoas desocupadas somou 7,3 milhões, praticamente o mesmo do trimestre anterior, mas 941 mil a menos que no mesmo período de 2024 — uma queda de 11,5%.
Já a população ocupada alcançou 103,3 milhões, também estável na comparação trimestral, mas com alta de 2,4% em relação ao ano anterior.
Recorde de carteiras assinadas
Mas o destaque foi o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que atingiu um recorde de 39,6 milhões de pessoas, impulsionado por crescimento de 0,8% no trimestre e de 3,8% na comparação anual.
A taxa de informalidade caiu para 37,9%, menor do que nos trimestres anteriores, o que reflete maior formalização do emprego no país. A subutilização da força de trabalho também manteve estabilidade, ficando em 15,4%, mas caiu 2 pontos percentuais em relação a 2024.
Entre os setores da economia, apenas o grupo de administração pública, educação, saúde e assistência social teve alta na ocupação frente ao trimestre anterior, com a retomada do ano letivo. Em relação ao mesmo trimestre de 2024, cinco setores apresentaram crescimento, com destaque para comércio, indústria e transporte.
A renda média real habitual se manteve estável em R$ 3.426, enquanto a massa de rendimento dos trabalhadores atingiu R$ 349,4 bilhões — um novo recorde, com alta de 5,9% na comparação anual.