Osasco (SP) e Maricá (RJ) se destacam como as únicas cidades que não são capitais entre as dez com maior participação no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, segundo dados recentes do IBGE.
Com um PIB de R$ 81,9 bilhões em 2019, Osasco manteve a 8ª posição no ranking nacional. O município da Região Metropolitana de São Paulo também consolidou-se como a segunda maior economia do estado, atrás apenas da capital paulista.
Entre 2010 e 2019, a cidade praticamente dobrou sua produção de riquezas, com destaque para o setor de serviços, que respondeu por mais de 90% do valor adicionado ao PIB em 2019.
Já Maricá aparece na 9ª colocação, impulsionada principalmente pela arrecadação de royalties do petróleo. A cidade fluminense, localizada na Região Metropolitana do Rio, abriga em seu território marítimo alguns dos poços mais produtivos de óleo e gás do país.
Em 2023, a receita com royalties ultrapassou R$ 3,7 bilhões. Esse volume de recursos tem sido canalizado para políticas sociais e de desenvolvimento local, como a moeda social Mumbuca, que oferece renda básica a famílias vulneráveis e fortalece o comércio e a agricultura locais.
O avanço dessas cidades reflete um processo de desconcentração econômica. Em 2002, as capitais respondiam por 36% do PIB brasileiro; em 2020, essa participação caiu para 29%. Os casos de Osasco e Maricá exemplificam como municípios com diferentes perfis – serviços e petróleo – podem se destacar no cenário nacional com estratégias econômicas eficazes e foco em inclusão social.