A inflação na Cidade Autônoma de Buenos Aires atingiu 3,2% em março, segundo o relatório divulgado pela Direção Geral de Estatística e Censos da cidade.
O número representa uma aceleração de 1,2 ponto percentual em relação a fevereiro e eleva a alta acumulada no primeiro trimestre do ano para 8,6%. A variação chegou a 63,5% no acumulado de 12 meses.
O aumento foi impulsionado principalmente pelas divisões de alimentos e bebidas não alcoólicas, educação, habitação, serviços públicos, transporte e saúde, que juntas responderam por 77,5% do avanço geral.
No grupo de alimentos, os maiores aumentos ocorreram em verduras, tubérculos e leguminosas (25,8%), e em carnes e derivados (5,7%). Também subiram leite, laticínios e ovos (1,9%), além de pães e cereais (1,6%). No geral, a alta dos alimentos foi de 4,7% ao longo do mês.
A educação teve uma alta média de 14,3%, em razão dos reajustes nas mensalidades das instituições de ensino formal. Em habitação, água, eletricidade e gás, o aumento foi de 2,7%, devido a atualizações nos aluguéis e nas despesas comuns dos imóveis. O transporte subiu 2,1% e a saúde, 2,3%, com impacto de aumentos nas tarifas do metrô, combustíveis e planos de saúde.
Os bens aumentaram 3% e os serviços, 3,3%. As altas em restaurantes e aluguéis também pressionaram a inflação, enquanto quedas nas tarifas de hotéis e pacotes turísticos ajudaram a conter parcialmente o índice.
Os preços seguem subindo mesmo com as tentativas do governo de manter a inflação baixa de maneira forçada, de olho nas eleições de outubro que decidirão o futuro do Congresso, o que pode ditar até um possível impeachment de Javier Milei.