Os países que compõem o Sul Global devem apresentar crescimento econômico superior ao dos países desenvolvidos, segundo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado na última terça-feira (22). A previsão é de que o avanço dessas economias supere o das nações avançadas em 2,3 pontos percentuais (p.p.) em 2025 e 2,4 p.p. em 2026.
A projeção para os países emergentes é de 3,7% em 2025 e 3,9% em 2026. Uma queda de 0,5 p.p em 2025 e 0,4 p.p em 2026 em relação ao último relatório divulgado em janeiro pelo FMI, antes do tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump.
Entenda as projeções do FMI
Por conta da guerra comercial e do aumento de tarifas por Trump, o FMI revisou para baixo, na última terça-feira (22), as previsões de crescimento econômico global: uma redução de 0,5 p.p. em 2025 e 0,3 p.p. em 2026. Anteriormente, a expectativa era de 3,3% de crescimento para ambos os anos.
Agora, a previsão de expansão da economia mundial é de 2,8% em 2025 e 3% em 2026. As economias desenvolvidas devem crescer 1,4% e 1,5%, respectivamente, enquanto o Sul Global deve avançar 3,7% e 3,9%.
E o Sul Global?
O Sul Global é composto por países da América Latina, África, Ásia e Oceania — nações em desenvolvimento ou menos desenvolvidas que enfrentam desafios como desigualdade social, dependência econômica e marginalização política. Entre eles estão Brasil, China, Índia e outros.
No caso da China, o FMI revisou a projeção de crescimento para 4% tanto em 2025 quanto em 2026 — uma redução de 0,6 p.p. em relação à estimativa de janeiro, que era de 4,6%. A Índia manteve crescimento previsto entre 6,2% e 6,3% para os dois anos, com queda de 0,3 p.p. em 2025 e 0,2 p.p. em 2026.
Já para o Brasil, o FMI prevê crescimento de 2% nos dois anos, uma redução de 0,2 p.p. em relação à projeção anterior, que era de 2,2%.