SUL GLOBAL

Sul Global deve liderar crescimento econômico apesar de tarifaço de Trump, aponta relatório do FMI

Mesmo com desaceleração global após tarifaço de Trump, países emergentes devem crescer até 2,4 pontos percentuais a mais que economias desenvolvidas nos próximos anos

Créditos: Fill/Pixabay
Escrito en ECONOMIA el

Os países que compõem o Sul Global devem apresentar crescimento econômico superior ao dos países desenvolvidos, segundo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado na última terça-feira (22). A previsão é de que o avanço dessas economias supere o das nações avançadas em 2,3 pontos percentuais (p.p.) em 2025 e 2,4 p.p. em 2026.

A projeção para os países emergentes é de 3,7% em 2025 e 3,9% em 2026. Uma queda de 0,5 p.p em 2025 e 0,4 p.p em 2026 em relação ao último relatório divulgado em janeiro pelo FMI, antes do tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump.

Entenda as projeções do FMI

Por conta da guerra comercial e do aumento de tarifas por Trump, o FMI revisou para baixo, na última terça-feira (22), as previsões de crescimento econômico global: uma redução de 0,5 p.p. em 2025 e 0,3 p.p. em 2026. Anteriormente, a expectativa era de 3,3% de crescimento para ambos os anos.

Agora, a previsão de expansão da economia mundial é de 2,8% em 2025 e 3% em 2026. As economias desenvolvidas devem crescer 1,4% e 1,5%, respectivamente, enquanto o Sul Global deve avançar 3,7% e 3,9%.

E o Sul Global?

O Sul Global é composto por países da América Latina, África, Ásia e Oceania — nações em desenvolvimento ou menos desenvolvidas que enfrentam desafios como desigualdade social, dependência econômica e marginalização política. Entre eles estão Brasil, China, Índia e outros.

No caso da China, o FMI revisou a projeção de crescimento para 4% tanto em 2025 quanto em 2026 — uma redução de 0,6 p.p. em relação à estimativa de janeiro, que era de 4,6%. A Índia manteve crescimento previsto entre 6,2% e 6,3% para os dois anos, com queda de 0,3 p.p. em 2025 e 0,2 p.p. em 2026.

Já para o Brasil, o FMI prevê crescimento de 2% nos dois anos, uma redução de 0,2 p.p. em relação à projeção anterior, que era de 2,2%.

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