O Tesouro Nacional publicou nesta quinta-feira (18) o Boletim de Estatísticas Fiscais do Governo Geral do primeiro trimestre de 2024. A principal notícia é a redução do endividamento do governo nos primeiros meses do ano, uma promessa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Segundo o levantamento, o governo central, que inclui estados e municípios, reduziu sua necessidade de endividamento no primeiro trimestre de 2023.
A necessidade líquida de financiamento caiu para 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), uma melhora significativa em comparação aos 2,6% do PIB registrados no mesmo período de 2022.
Isso significa que, apesar das despesas ainda superarem as receitas, o governo precisou pegar menos dinheiro emprestado para cobrir essa diferença.
Em relação ao PIB, as receitas do governo aumentaram de 40% para 42,2%, graças ao aumento na arrecadação sobre bens e serviços, mediada após a campanha de Haddad para rever o sistema fiscal brasileiro e reduzir a desigualdade na cobrança de impostos.
As despesas, por outro lado, cresceram de 42,6% para 44,1% do PIB. Um dos principais fatores desse aumento foi o crescimento nos gastos com benefícios previdenciários e assistenciais.
Ou seja, enquanto as 10,8% nas receitas do governo em comparação ao ano anterior, as despesas do governo também cresceram, mas em um ritmo mais moderado de 8,8%, cumprindo a lógica do arcabouço fiscal proposto pelo ministério da Fazenda no ano passado.
Em resumo, o governo brasileiro conseguiu reduzir a necessidade de financiamento no início de 2023, refletindo uma melhora na arrecadação de receitas e uma gestão mais equilibrada das despesas, como proposto por Haddad.