TROCA DE COMANDO

Quem é Magda Chambriard, a nova presidenta da Petrobras

A engenheira civil e ex-diretora-geral da ANP assume o cargo de Jean Paul Prates, demitido pelo presidente Lula

Quem é a Magda Chambriard, a nova presidenta da Petrobras.Créditos: Reprodução redes sociais / Youtube
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O presidente Lula (PT) demitiu na noite desta terça-feira (14) Jean Paul Prates da presidência da Petrobrás. De acordo com as primeiras informações, o mandatário não estava satisfeito com os resultados da presidência da petrolífera, principalmente após o registro de prejuízo de 38% no primeiro trimestre divulgado nesta segunda-feira (13).

Para o lugar de Jean Paul Prates foi nomeada a engenheira civil Magda Maria de Regina Chambriard, que foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) desde 9 de março de 2012 até  2016. 

Quem é Magda Chambriard?

  • Magda Chambriard nasceu no Rio de Janeiro no dia 30 de junho de 1957.
  • É engenheira civil formada na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1979
  • Foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
  • Em 1989 concluiu a pós-graduação em engenharia química pela COPPE/UFRJ.
  • Iniciou sua carreira na Petrobras em 1980 como engenheira estagiária.
  • Em 2022 ingressou na ANP como assessora de diretoria.
  • Em 2005 assumiu a Superintendência de Exploração (SEP) da Agência.
  • Em 2006 assumiu, simultaneamente à SEP, a Superintendência de Definição de Blocos (SDB).

 

A demissão Jean Paul Prates
 

Chegou ao fim o período de Jean Paul Prates à frente da Petrobras. O presidente Lula (PT) demitiu o CEO da maior empresa brasileira nesta terça-feira (14) e deve nomear nos próximos dias Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) no governo da presidenta Dilma Rousseff (PT).

Prates, que foi senador pelo PT do Rio Grande do Norte até 26 de janeiro de 2023, já estava politicamente com os dias contados na presidência da Petrobras. Algumas quedas de braço entre ele e outros atores do governo, como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que no organograma da administração federal é o responsável pela petrolífera, assim como a dividida com o todo-poderoso ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, praticamente sentenciaram que Prates estava a um passo da demissão. Lula já tinha inclusive conversado com alguns nomes, como o de Aloisio Mercadante, presidente do BNDES, para substitui-lo.

O processo de erosão de Prates se intensificou após uma entrevista de Silveira à Folha de S.Paulo na qual o ministro deixou claro que não abriria mão do poder que tinha como chefe da pasta, à qual a companhia está sob o guarda-chuva institucional. O presidente da Petrobras trucou e disse dias depois à colunista Mônica Bergamo, do mesmo jornal, que queria “uma posição definitiva” de Lula em relação ao assunto, o que foi lido como uma espécie de “prensa” no chefe de Estado, o que naturalmente desagradou o presidente da República profundamente.

Mesmo com o racha, o CEO não caiu, já que tinha um apoio forte de nomes como o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Do ponto de vista prático e gerencial, Prates queria, assim como sua diretoria, que metade dos recursos que ficaram como sobra no caixa da empresa fossem repassados aos acionistas, ao passo que o grupo ligado ao ministro de Minas e Energia almejava a retenção desses recursos num fundo da Petrobras.

Lula também pensava nesse sentido, de maneira contrária ao repasse do dinheiro que sobrou para os acionistas, inclusive determinando que um grupo de conselheiros votasse dessa forma. Prates, outra vez trucando, afirmou publicamente “que o presidente não teria feito tal coisa”, mas o ocupante do Palácio do Planalto o desmentiu para a imprensa.

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