BALANÇA COMERCIAL

Petrobras continua a impulsionar balança comercial brasileira

A indústria extrativista (petróleo, sobretudo), alavancou superávit de US$ 19,08 bilhões no primeiro trimestre de 2024

Plataforma de extração de petróleo da Petrobras.Créditos: FUP
Escrito en ECONOMIA el

A balança comercial do Brasil registrou superávit de US$ 19,08 bilhões no primeiro trimestre de 2024, apresentando um crescimento de 22,2% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 15,61). Os dados foram divulgados pela Secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC).

O bom resultado em janeiro e fevereiro projeta um aumento robusto para o ano. As exportações brasileiras atingiram US$ 78,27 bilhões no trimestre, contra Importações de US$ 59,19 bilhões, totalizando US$ 137,47 bilhões de corrente de comércio no período.

O destaque foi para a indústria extrativista (petróleo principalmente), com crescimento US$ 3,22 bilhões (18,7%) no primeiro trimestre de 2024, em relação a 2023. Nas importações, destaque para a Agropecuária, com crescimento de US$ 0,07 bi (5,6%).

Balança Comercial Mensal - Dados Consolidados de março/2024

Março

Apesar do crescimento, março observou recuos em relação a 2023. As exportações somaram US$ 28 bilhões agora, contra US$ 32,83 bi no ano passado (queda de 14,8%).

Já as importações tiveram queda de 7,1%: US$ 20,5 bi em 2024 contra U$ 22,07 bi em 2023. Assim, a corrente de comércio em março/24 somou US$ 48,5 bi (-11,7%), e o superávit ficou em US$ 7,5 bi (-30%).

Herlon Brandão, diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, afirma que a justificativa para esses resultados na exportação foi a base de comparação alta. Março de 2023 foi o recorde histórico de exportação mensal. E a importação também foi alta em março de 23, pois o mês contou com 3 dias úteis a mais em relação a março de 24.

Expectativa para o ano

A nova previsão para a balança comercial em 2024, de acordo com a Secex, aponta um crescimento de 1,9% na corrente de comércio, para US$ 592 bilhões.

Também houve aumento de expectativa em relação às importações, cuja previsão agora é de US$ 259 bilhões (+7,6%). Já as expectativas para as exportações recuaram 2,1% e estão agora em US$ 333 bi.