A fortuna da família Moreira Salles, a mais rica do Brasil segundo a Forbes em 2023, aumentou seus ativos para R$ 54 bilhões. A vida financeira do grupo é administrada pela empresa BW Gestão de Investimentos (BWGI), dirigida pelo próprio João Moreira Salles, de 42 anos, ex-executivo do banco de investimentos do J.P. Morgan.
Além de aumentar seu montante, a BWGI também incrementou sua equipe de colaboradores, "para fazer frente aos novos mercados em que passou a atuar", segundo a empresa. “Cabe destacar o crescimento do time de tecnologia para aderir e suportar o crescimento e novos recursos tecnológicos", afirmou em relatório.
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Entenda a riqueza da família Moreira Salles
A fortuna da família Moreira Salles começou em meados de 1924, quando o patriarca João Moreira Salles, que era dono de uma loja de utensílios domésticos, alimentos e bebidas, fundou a Casa Bancária Moreira Salles. O banco foi responsável por financiar as expansões de café nas décadas de 1930 e 1940.
Mais tarde, seu filho Walther Moreira Salles fez com que a instituição se desenvolvesse ainda mais e se tornasse o Unibanco, uma das maiores instituições financeiras do Brasil na época. Em 2008, o banco foi comprado pelo Itaú, onde a família tem 9% de participação. No período, a BWGI foi fundada para administrar a riqueza do grupo.
Ainda no século XX, a família passou a controlar 70% da CBMM, empresa líder mundial na exploração de nióbio, metal de terras raras usado para produtos siderúrgicos. A empresa tem sede em Minas Gerais, mas também possui escritórios nos Estados Unidos, Europa e Singapura, além de vender o metal para cerca de 40 países.
Em 2022, a empresa reportou R$ 4,5 bilhões de lucro e R$ 11 bilhões de receita.
Já a receita da BWGI tem 75% de sua origem em investimentos no exterior. Um de seus maioes negócios no ano passado foi a compra de 6,2% de participação na empresa francesa Elis, de higiene e serviços. Atualmente, a participação vale € 288 milhões (US$ 313 milhões).
Outro fundo da família é a empresa Mantiqueira, de US$ 2,2 bilhões. O fundo mais que dobrou de tamanho em três anos e teve um retorno de 143% nos últimos cinco anos, segundo a Bloomberg.
A BWGI ainda é o maior acionista da fabricante francesa Verallia, de embalagens de vidro, com 28% de participação desde 2021. O investimento vale cerca de € 1,2 bilhão.