A construção civil cresceu 4,1% em 2024 e deve subir mais 2,3% em 2025, prevê a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) em relatório divulgado nesta segunda-feira (16) e reportado pela Agência Brasil.
O programa Minha Casa, Minha Vida, recriado e expandido pelo governo Lula, impulsionou o setor, junto com obras ligadas ao ano eleitoral e o aquecimento do mercado de trabalho e da economia.
Foram criadas 230 mil vagas formais de janeiro a outubro de 2024, elevando o número de trabalhadores com carteira assinada no setor a 2,98 milhões, igualando níveis de 2014.
O financiamento imobiliário via Fundo de Garantia do Tempo de Sefviço (FGTS) financiou 516.207 unidades até outubro de 2024, alta de 28,1% em relação a 2023, movimentando R$ 107,3 bi (+37,8%).
“O bom desempenho da construção civil durante o ano de 2024 pode ser notado também nas vendas de cimento, no período acumulado de dezembro de 2023 a novembro de 2024. No mercado interno, foram 64,5 milhões toneladas, o que corresponde a uma alta de 4% em relação a igual período do ano anterior. E de janeiro a novembro, as vendas foram de 60 milhões [de toneladas], uma alta de 4% considerando igual período do ano anterior”, disse Ieda Vasconcelos, economista da CBIC, à Agência.
“Quando a construção cresce, o consumo de materiais obviamente cresce, assim como vários setores são impulsionados. É o caso do cimento e também do aço, das louças, das tintas, portas, esquadrias, vidros e uma série de materiais que fazem com que a economia gire”, explica o presidente da CBIC, Renato Correia, à Agência.