INOVAÇÃO

Conheça o "barco voador" brasileiro que pretende revolucionar o transporte na Amazônia

No lançamento da terceira fase do programa Nova Indústria Brasil (NIB), a empresa pública Finep anunciou aporte de R$ 10 milhões no projeto

Ilustração do protótipo do "barco voador"Créditos: Ilustração/Finep
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No lançamento oficial da terceira fase do programa Nova Indústria Brasil (NIB), realizado nesta quarta-feira (30), no Palácio do Planalto, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) anunciou a assinatura de onze contratos de financiamento com empresas brasileiras, totalizando R$ 320 milhões, sendo R$ 220 milhões fornecidos diretamente pela empresa pública e R$ 100 milhões em contrapartidas das companhias. 

Os recursos, provenientes do Programa Mais Inovação, têm como objetivo, segundo a Finep, apoiar soluções que ajudem a construir um futuro mais sustentável para as cidades brasileiras. E entre os projetos contemplados, destaca-se o “barco voador”, que receberá um aporte de aproximadamente R$ 10 milhões. 

Desenvolvido pela startup AeroRiver, do Amazonas, em parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o veículo Volitan é um barco que utiliza o efeito solo para “voar” sobre a lâmina dos rios. Essa tecnologia permite que os veículos superem limitações dos barcos tradicionais, operando com mais eficiência em termos de velocidade e autonomia, inclusive em períodos de seca.

Adaptado à realidade da Amazônia

O "barco voador" consegue alcançar uma velocidade de até 150 km/h, reduzindo o tempo de viagem na região em relação a embarcações convencionais. Com capacidade para transportar até 10 passageiros ou uma tonelada de carga, o veículo pode operar a uma altura de 5 a 10 metros sobre a água e percorrer distâncias de até 450 km sem reabastecimento, representando economia de diesel, combustível utilizado por esse tipo de veículo.

O protótipo em escala do Volitan já está em fase de testes, e a expectativa é que o modelo em tamanho real esteja pronto para ensaios e certificação até o final de 2024, com a previsão de comercialização para 2025. Segundo a AeroRiver, a ideia é fazer de embarcação o primeiro veículo de efeito solo adaptado ao território amazônico.

"Este projeto se alinha estrategicamente com as metas do edital de promover tecnologias sustentáveis na aviação, reduzindo dependências tecnológicas e fomentando a reindustrialização nacional", aponta a Finep.