APOSTAS ESPOTIVAS

Bets: homens correspondem a 62% dos apostadores no país, mostra levantamento

Brasileiros com idade entre 16 e 39 anos foram os que mais fizeram apostas em bets nos últimos meses, com gastos, em média, de R$ 500

Imagem ilustrativa.Créditos: Bruno Peres/Agência Brasil
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Uma pesquisa do instituto DataSenado em parceria com a Nexus — Pesquisa e Inteligência de Dados, empresa da FSB Holding, revelou que mais de 22 milhões de brasileiros apostaram em esportes nos últimos 30 dias. Os dados divulgados neste mês apontam para um crescimento alarmante do número de brasileiros envolvidos em jogos de azar, além daqueles já divulgados pelo Banco Central (BC).

De acordo com a pesquisa, o perfil do apostador brasileiro é em sua maioria do sexo masculino (62%) e gasta, em média, até R$ 500 em apostas. Roraima e Pará se destacaram com a maior taxa de apostadores, atingindo 17% cada, enquanto o Ceará apresentou a menor participação, com apenas 8%.

Cerca de 20,3 milhões de brasileiros entre 16 e 39 anos apostaram em plataformas de apostas esportivas nos últimos meses. Esse número representa 13% da população nessa faixa etária. Os dados foram coletados entre maio e junho de 2024, a partir de um levantamento com mais de 21 mil pessoas.

O levantamento revela que a renda dos apostadores está concentrada nas faixas mais baixas: 52% ganham até dois salários mínimos, 35% ganham entre dois e seis salários mínimos, e apenas 13% têm renda superior a seis salários mínimos.

Além das apostas, 24% dos brasileiros foram vítimas de golpes digitais no último ano, segundo o DataSenado. Enquanto isso, o endividamento também assola a população, com 32% das pessoas com dívidas atrasadas há mais de três meses.

A pesquisa mostra que o Ceará e o Piauí foram os estados menos atingidos por golpes digitais, com 17% e 18% dos casos, respectivamente. 

Já o endividamento é mais comum entre famílias numerosas com baixa renda, sendo as mulheres as mais afetadas. Ainda de acordo com a pesquisa, a saúde é a principal preocupação de quase um terço dos brasileiros, com 29% dos entrevistados citando-a como o maior problema do país no momento. Em seguida, vêm o custo de vida e a corrupção.

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