EFEITO LULA

Consumo de alimentos sobe 4,24% em julho, segundo Abras

Valor da cesta básica apresenta queda de 1,51% devido a medidas de combate à inflação

Valor da 35 produtos caiu, em média, de R$ 741,23 para R$ 730,06.Créditos: Mehrad Vosougui/Pexels
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O consumo de alimentos nos lares brasileiros registrou alta de 4,24% entre junho e julho deste ano, de acordo com  a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O índice reforça a importância de manter as medidas de combate à inflação do governo Lula (PT).

Para a pesquisa, são avaliados estabelecimentos como atacarejos, supermercados convencionais, lojas de vizinhança, hipermercados, minimercados e e-commerce. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Marcio Milan, vice-presidente da Abras, a queda nos preços dos alimentos revela mais uma vez que as políticas públicas para combater a inflação precisam ser mantidas. “A busca por produtos de preços mais baixos reflete o comportamento de 54% dos brasileiros no momento de compor a cesta de abastecimento dos lares”, diz Milan.

Por outro lado, a Abras manifestou preocupação com a possibilidade de aumento dos preços dos hortifrutigranjeiros, das carnes, dos laticínios e dos alimentos industrializados nos próximos meses devido à elevação dos combustíveis, principalmente o óleo diesel. “Além dos repasses imediatos pelos fornecedores, a reoneração dos combustíveis prevista para o início de setembro deve pressionar ainda mais o preço dos produtos no varejo. Com essa medida, o diesel passa a ter PIS/Cofins de R$ 0,11 por litro em setembro e mais R$ 0,03 por litro em outubro”.

Cesta básica

O valor da cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) também apresentou queda. Em comparação a junho, o preço diminuiu 1,51%, o que representa diminuição média de R$ 741,23 para R$ 730,06, menor valor registrado desde fevereiro de 2022 (R$719,06). 

A maior diminuição no valor aconteceu na Região Sudeste (-1,58%), seguida do Sul (-1,13%), Nordeste (-1,13%), Norte (-1,05%) e Centro-Oeste (-1%). 

Os preços dos produtos lácteos, da proteína animal e das cestas de higiene e limpeza foram as principais contribuições para a queda geral.

Segundo o levantamento, as quedas na cesta de lácteos foram puxadas por leite longa vida (-1,86%), leite em pó (-0,48%), margarina cremosa (-0,13%), queijos muçarela e prato (-0,20%). 

Já nas carnes, os recuos foram nos cortes do dianteiro (-2,47%), cortes do traseiro (-2,44%), frango congelado (-2,27%) e pernil (-1,44%). Os ovos apresentaram estabilidade nos preços (0,01%) pela primeira vez em 2023.

O feijão teve a queda mais expressiva (-9,24%), seguido do óleo de soja (-4,77%), café torrado e moído (-1,58%)e farinha de mandioca (-1,54%). A única alta foi em relação ao açúcar refinado (+1,58%).

Na cesta de higiene e beleza, as principais quedas foram registradas em xampu (-0,69%), sabonete (- 0,11%) e papel higiênico (-0,03%). Em limpeza, o sabão em pó registrou queda de 0,80% nos preços.