Um alerta foi divulgado pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) nesta terça-feira (23) com objetivo de informar consumidores sobre o golpe do falso empréstimo, aplicado em sites fraudulentos.
A Febraban esclarece que não realiza qualquer tipo de cobrança ou informe sobre recolhimento de impostos, pagamentos de parcelas ou mesmo oferecimento de empréstimos. A abordagem é uma modalidade de golpe.
“Não há nenhum empréstimo que a pessoa tenha que realizar, qualquer tipo de pagamento antecipado, seja de impostos, de preenchimento de cadastro ou de supostos adiantamentos de parcelas. Esse tipo de abordagem é golpe. Em todas as operações de crédito regulares, o cliente recebe o dinheiro e não precisa pagar nada para isso”, comunica o diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, Adriano Volpini.
Como funciona
As organizações criminosas criam páginas fictícias na internet e se passam por instituições financeiras, assegurando rápida liberação de dinheiro aos consumidores, dentre outras ofertas de crédito com condições vantajosas, em troca do pagamento de taxas e impostos de forma antecipada. Os alvos principais estão sendo usuários negativados pelo Serasa.
Após as vítimas serem direcionadas aos falsos sites e realizarem o cadastro, uma solicitação de assinatura de contrato é feita pelos golpistas. Nesse momento, o golpe será aplicado: após usuários assinarem o contrato sem perceber que as cláusulas obrigam o pagamento de multas em caso de desistência, os criminosos afirmam que a liberação do falso empréstimo só ocorrerá se as vítimas pagarem impostos e taxas, dizendo que é uma prática comum no mercado.
Ameaças de que o nome do consumidor será enviado para agências de crédito a fim de que ele fique negativado também são cometidas pelos golpistas.
A Febraban ressalta que não realiza contato com pessoas físicas ou jurídicas através de meios como WhatsApp, cartas, chamadas telefônicas ou redes sociais, e que se isso acontecer, se caracteriza como golpe.
A Federação alerta para que os consumidores estejam atentos a essas práticas. "Sempre pesquise e verifique se a instituição é autorizada pelo Banco Central a oferecer empréstimos", reitera Volpini.