GREVE DE ÔNIBUS

Greve de Ônibus em São Paulo: empresas não atendem reivindicações e serviço volta a parar

Prefeitura liberou rodízio de carros, permitindo a circulação dos veículos com placas de finais 5 e 6; veja aqui as linhas paradas

Assembleia do Sindmotoristas decreta greve por unanimidade.Créditos: Fabiano Polayna/Sindmotoristas
Escrito en ECONOMIA el

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas) decretou greve em decisão unânime a partir da meia-noite desta quarta-feira (29).

Essa é a segunda vez que a categoria paralisa os serviços em menos de um mês.

O sindicato agendou uma assembleia para esta quarta-feira, a partir das 15h, para discutir os desdobramentos da greve.

O secretário geral do Sindmotoristas, Francisco Xavier da Silva, o Chiquinho, informou que a greve foi aprovada pela categoria após as empresas de ônibus não terem atendido nem negociado cinco cláusulas que ficaram pendentes desde a última paralisação. O prazo para uma contraproposta, de acordo com ele, se esgotou na última quinta-feira (23).

As reivindicações dos motoristas e funcionário são: que a hora do almoço seja remunerada; o pagamento das horas extras a 100%; a participação nos lucros e resultados (PLR); o "fim das monoculturas do setor de manutenção"; e a promoção para o setor.

Nota da SPTrans

A SPTrans afirmou em nota que "a Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, lamenta a paralisação de linhas de ônibus municipais e espera que trabalhadores e empresários cheguem em breve a um acordo para que a população de São Paulo não seja ainda mais penalizada".

A secretaria informou que 17 das 40 garagens cadastradas no sistema estão sendo acompanhadas. 

Sindicato patronal lamenta

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) "lamentou mais essa paralisação dos motoristas e cobradores de ônibus, com terríveis consequências para a mobilidade da população".

Veja o que funciona e o que não funciona em São Paulo

Por conta da greve, a prefeitura informou que o rodízio de carros ficará suspenso na capital ao longo da quarta-feira, permitindo a circulação dos veículos com placas de finais 5 e 6. A paralisação tem previsão para durar até 24 horas e já afeta 675 linhas diurnas e mais de 6 mil ônibus, segundo a SPTrans. De acordo com a pasta, durante a madrugada, 88 linhas ficaram inoperantes.

De acordo com comunicado, a operação em todas as garagens dos grupos estrutural e de articulação regional foi interrompida a partir das 4h, exceto na Express. Para quem utiliza as vans do Atende+, que transportam pessoas com deficiência de alto grau de severidade, o serviço segue com funcionamento padrão. 

A Prefeitura também irá liberar as faixas exclusivas e corredores de ônibus para a circulação de carros de passeio enquanto durar a greve. A Engenharia de Tráfego da CET manterá o monitoramento constante em ruas e avenidas da cidade, visando manter as condições de fluidez das vias.

O rodízio de placas para veículos pesados (caminhões) e as demais restrições continuam valendo: Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF). A Zona Azul também funcionará normalmente.

Veja abaixo as empresas com a operação paralisada:

- Santa Brígida (Zona Norte);

- Gato Preto (Zona Norte);

- Sambaíba (Zona Norte);

- Viação Metrópole (Zona Leste);

- Ambiental (Zona Leste);

- Via Sudeste (Zona Sudeste);

- Campo Belo (Zona Sul);

- Viação Grajaú (Zona Sul);

- Gatusa (Zona Sul);

- KBPX (Zona Sul);

- MobiBrasil (Zona Sul);

- Viação Metrópole (Zona Sul);

- Transppass (Zona Oeste); e

- Gato Preto (Zona Oeste).

Empresas operando normalmente 

- Norte Buss (Zona Norte)

- Spencer (Zona Norte)

- Express (Zona Leste);

- Transunião (Zona Leste)

- UPBUS (Zona Leste)

- Pêssego (Zona Leste)

- Allibus (Zona Leste)

- Transunião (Zona Sudeste)

- MoveBuss (Zona Leste)

- A2 Transportes (Zona Sul)

- Transwolff (Zona Sul)

- Transcap (Zona Oeste)

- Alfa Rodobus (Zona Oeste)

Com informações do Estadão, G1 e Folha