A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) manifesta indignação frente aos relatos de empregadas do banco sobre denúncias de casos de assédio sexual praticados pelo presidente da instituição, Pedro Guimarães. Na avaliação da Fenae, os fatos — em processo de investigação pelo Ministério Público Federal — são gravíssimos e devem ser apurados com urgência e rigor.
A Federação defende que é fundamental que Pedro Guimarães seja afastado de imediato do cargo enquanto correm as investigações, em respeito à segurança de todas as empregadas e os empregados do banco.
“A Fenae se solidariza e está à disposição de todas as trabalhadoras que fizeram a denúncia. Esse caso é estarrecedor e, por isso, Pedro Guimarães deve ser afastado”, afirma o presidente da Federação, Sergio Takemoto. “As empregadas e os empregados da Caixa, que tanto contribuem para a construção dessa empresa, merecem respeito. Não toleramos qualquer violência contra as mulheres”, ressalta Takemoto.
O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e diretor de Administração e Finanças da Fenae, Clotário Cardoso, destaca que a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) tem instrumentos que protegem o trabalhador que sofreu assédios. Ele também cobra respeito aos empregados da instituição centenária, que é a Caixa.
“Assédio é crime. Os fatos são gravíssimos e devem ser apurados imediatamente. É imprescindível o afastamento de Pedro Guimarães diante das acusações”, defende. "A CEE/Caixa e a Fenae estão à disposição das vítimas para protegê-las e ampará-las no que for necessário”, acrescenta Cardoso.
A diretora de Políticas Sociais da Fenae, Rachel Weber, ressalta a coragem das mulheres que denunciaram os casos de assédio. "É extremamente importante a união de todas elas”, diz. “Vemos a força desse caso, que ganhou repercussão nacional e demanda a saída imediata de Pedro Guimarães da presidência da Caixa. Nós, mulheres da Fenae, nos solidarizamos com todas as vítimas", enfatiza a diretora.
A Federação reforça que a violência contra a mulher, em qualquer nível, contraria todos os valores e princípios da Caixa, assim como o histórico do banco na promoção da igualdade e do respeito aos direitos humanos.