Nos bastidores da corrida pela sua reeleição, o presidente Bolsonaro (PL) tem prometido para setores da economia brasileira a privatização da Petrobras. Na noite desta segunda-feira (30) o Ministério de Minas e Energia formalizou ao Ministério da Economia o pedido de inclusão da estatal no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para preparar uma futura privatização da empresa.
No entanto, a privatização da Petrobras não depende apenas da vontade do governo Bolsonaro, pois, o processo de venda da estatal depende do aval do conselho do programa e seria o primeiro passo de um longo processo que não conta com o apoio total dos acionistas da petrolífera e nem do Congresso Nacional.
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Setores da oposição e mesmo do chamado "centrão" veem o anúncio do Ministério de Minas e Energia como "mais uma cortina de fumaça" criada pelo governo para reverter a baixa intenção de votos em Bolsonaro que as pesquisas têm revelado.
O ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida é um ferrenho defensor da privatização de todas as empresas estatais. Em seu perfil no Twitter, ele comemorou a inclusão da Petrobras no PPI.
"Passo fundamental a atração de investimentos para o país e para criação de um mercado plural, dinâmico e competitivo, o qual promoverá ganhos de eficiência no setor energético e uma vigorosa geração de empregos e renda. Brasil, porto seguro do investimento", escreveu o ministro.
Os estudos sobre a privatização da Petrobras serão produzidos por um comitê composto pelos ministérios de Minas e Energia e Economia.