O leite longa é o atual inimigo da inflação. No Índice de Preços ao Consumido da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicos) registrou uma alta de 13% nos 30 dias encerrados em 22 deste mês.
Alta semelhante do leite longa vida foi registrada no Índice Nacional de Preços ao Consumidos Amplo 15 (IPCA-15), que ficou em 12,21%. No geral, o grupo de alimentação e bebidas registrou alta de 2,25%. E o Brasil deve amargar novas altas de preços nos próximos meses.
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O encarecimento do leite e de outros produtos deve continuar, pois, os preços estão elevados no campo devido uma alta gerada pelo aumento dos custos de insumos. Se no ano passado a pressão foi puxada pelos grãos, neste ano a pressão é puxada pelos fertilizantes e outros insumos.
No caso específico do leite, além do encarecimento de insumos, a alimentação das vacas também encareceu, bem como a energia e o transporte. Por conta de todos esses fatores, entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, a capitação do leite foi 8% menor.
Com a redução na oferta da matéria-prima no mercado, a disputa se torna ainda maior entre as indústrias. Na primeira semana deste mês, o litro do leite estava a R$ 2,54. Na segunda quinzena, subiu para R$ 3.02, uma alta de 19%.
Além dos problemas internos, a indústria leiteira também depende do mercado global que sofre interferência direta da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que também deve elevar os preços. No quadro geral, o consumidor brasileiro deve estar preparado para altas de preços nos próximos meses.
Nas redes, o ex-presidente Lula criticou Bolsonaro e afirmou que boa parte dos preços em alta são administrados pelo governo federal.