O desemprego no Brasil deverá continuar registrando índices altos ao longo de 2022. Com isso, Jair Bolsonaro (PL) terminará seu mandato deixando o país com uma taxa de 14 milhões de desempregados. Atualmente, o índice é de 13,6 milhões. Os dados são do novo relatório divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Além disso, segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, no UOL, o índice de desemprego projetado para o Brasil é o dobro da média mundial.
“Estamos vendo tanto um aumento de desemprego como uma redução do número de pessoas participando do mercado de trabalho. Se você agrega esses dois elementos, o que se vê é um sinal de uma situação preocupante no estado de saúde do trabalho”, avaliou Guy Ryder, diretor-geral da OIT.
Em 2019, o Brasil registrava 12,5 milhões de desempregados. Em 2022, chegará a 14 milhões. Segundo análise da OIT, diante dos números e do atual cenário econômico brasileiro, dificilmente o país conseguirá voltar em 2023 aos níveis de 2019 e a recuperação, por isso, deve ser adiada.
Richard Samans, economista-chefe da OIT, acredita que a América Latina terá o cenário menos otimista entre todas as regiões do mundo e as taxas de desemprego não retornarão aos níveis pré-pandemia até, ao menos, 2023.
Brasil terá terceira pior taxa de expansão do PIB no mundo em 2022, diz ONU
Não é só o emprego que está em baixa no governo Bolsonaro. Segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU), o Produto Interno Bruto (PIB) nacional terá um dos desempenhos mais fracos do mundo em 2022.
Hoje, o Brasil ocupa a terceira pior colocação no ranking que mede a performance dos países, com a menor taxa real de crescimento entre todas as principais economias do mundo.
Os dados foram publicados na quinta-feira (13) pelo departamento econômico das Nações Unidas.
A projeção é que a expansão do PIB nacional seja de 0,5% este ano, em comparação com o ano passado, o que representa 1,7% abaixo do esperado pela ONU para o Brasil, em seu último informe, em 2021.