Incertezas do governo Bolsonaro fazem com que exportadores deixem US$ 46 bi no exterior

Apesar das exportações recordes para 2021, empresas têm optado por manter fora do país parte do lucro obtido com as vendas

Exportadores têm optado por deixar parte do lucro no exterior/Foto: Sesc Campinas
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As exportações brasileiras, com destaque para a soja e minério de ferro para a China, foram beneficiadas pelo contexto da pandemia, e estão batendo recorde em 2021, porém, bilhões de dólares dessas exportações estão ficando no exterior.

No acumulado em 12 meses até agosto, as exportações somam US$ 260,6 bi, maior valor da série histórica iniciada em 1995. O fluxo cambial em operações de exportação soma US$ 214,4 bi, no mesmo período.

Essa diferença, US$ 46,2 bi a mais para o valor registrado na balança, está no maior nível desde 1995, recordes que vêm sendo renovados desde abril, mostra uma compilação dos dados do Ministério da Economia do Banco Centro (BC) realizada por Armando Castelar, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

O cenário apontado pelo pesquisador indica que parte dos pagamentos aos exportadores está ficando no exterior.

Ao Estadão, Castelar diz que um dos fatores que explica o fato de parte do pagamento às exportações estarem ficando no exterior são as incertezas em relação à política econômica, desequilíbrio das contas públicas e a crise política.

Com informações do Estado de S. Paulo