Dados do Censo de 2022 coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o número de pessoas com 65 anos ou mais cresceu 57,4% em doze anos. Já a população idosa com 60 anos ou mais chegou a 32,1 milhões de pessoas, 15,8% da população do país.
O aumento é de 56% em relação a 2010, quando era de 20,5 milhões (10,8%). Ainda de acordo com o Censo, a idade mediana da população brasileira aumentou seis anos desde 2010 e passou de 29 para os 35 anos em 2022. Ou seja, somos um país que envelhece rapidamente e necessita de estruturar políticas públicas e legislações em todos os territórios que garantam e promovam os direitos da população idosa.
Além da consolidação de uma rede efetiva de Instituições de Longa Permanência (ILPIs) em todo o território nacional, outra política pública importante é a formação e valorização dos cuidadores, que tem a data de 20 de março reconhecida como Dia Nacional do Cuidador de Idosos.
Sob o mote "cuidar de quem cuida", o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDH) em publicação em suas redes sociais, lembrou que o governo federal trabalha para valorizar as cuidadoras e os cuidadores de idosos do Brasil e garantir que o trabalho de cuidado seja feito com dignidade.
Em São Paulo, o deputado estadual Simão Pedro (PT) protocolou na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei (PL 198/2025) propondo estabelecer a Política de Cuidado Integrado à Pessoa Idosa que consiste em ações de acompanhamento domiciliar à pessoa idosa com dependência funcional, com agravos na saúde física ou mental e que esteja em situação de vulnerabilidade social.
O objetivo é prestar apoio nas atividades diárias de vida, se possível, evitando a institucionalização. Terão prioridade os idosos que residem sozinhos. O programa estabelece regime de colaboração, cooperação técnica e financeira aos municípios paulistas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS)
Dados da Fundação Seade apontam que o envelhecimento da população do estado de São Paulo está acelerado e acima da média brasileira. Em 2022, 17,7% da população do estado tinha mais de 60 anos, o que é maior que o percentual de crianças e jovens.
Ainda sobre o estado de São Paulo, enquanto a população total cresceu 20% entre 2000 e 2022, o grupo com 65 anos ou mais aumentou, 133% e aquele com menos de 15 anos diminuiu 18%. Estudos apontam ainda que cerca de 20% dos idosos no Brasil residem sozinhos, muitos em situação de vulnerabilidade social e emocional.
A criação de uma Política Estadual de acompanhamento e cuidado da pessoa idosa levou em conta diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Cuidados (Lei 1506/2024), Política Nacional de Saúde do Idoso, Estatuto da Pessoa Idosa e os programas PAI (Programa de Acompanhante de Idosos) da cidade de São Paulo e no Programa Maior Cuidado de Belo Horizonte.