Pedro Lins, apresentador do NE1, da TV Globo de Pernambuco, denunciou ter sido vítima de racismo em uma loja do Shopping Recife, na capital do estado. Ele disse que foi comprar presente para uma amiga e a vendedora, ao olhar para ele, perguntou se era entregador de aplicativo.
O jornalista não vê problema em ser confundido com um entregador. Porém, observou que o fato é um exemplo claro de racismo estrutural.
“Você se sente constrangido. É como se você não tivesse condições de estar ali. Não tem nenhum problema em você ser entregador, a grande questão nisso é você ser colocado em uma condição de subalternidade”, afirmou o jornalista, em entrevista ao G1.
Pedro preferiu não revelar o nome da loja onde foi alvo de racismo. Contudo, destacou que comunicou ao shopping e que aguarda que os vendedores passem por treinamentos para que isso não volte a ocorrer.
O âncora do telejornal também fez uma publicação sobre o caso no Twitter: “Fui numa loja do Shopping comprar um presente para uma amiga. A vendedora me abordou perguntando se eu era entregador do rappi. Vocês sabem o nome disso, né?”.
Jornalista recebe apoio nas redes sociais
Após a postagem, Pedro recebeu o apoio de colegas, seguidores e de Raquel Lyra (PSDB), governadora de Pernambuco.
“Minha solidariedade ao jornalista Pedro Lins, alvo de atitude racista num shopping de nossa capital. Infelizmente ainda presenciamos isso em pleno Século XXI. Não podemos mais admitir que atos racistas aconteçam a nenhum pernambucano ou pernambucana. Contem comigo nesta luta!”.
A TV Globo informou que repudia o racismo em todas as suas formas e manifestações e tem um firme compromisso com a diversidade e a inclusão.
O Shopping Recife divulgou uma nota para lamentar o fato e reforçou que esse tipo de conduta não condiz com os valores que defende e reafirmou seu compromisso de receber os clientes com respeito e igualdade.