A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e a Associação do Pessoal da Caixa de Roraima (Apcef/RR) iniciaram, nesta segunda (23), a campanha SOS Yanomami. Os indígenas enfrentam uma grave crise de saúde e humanitária.
Dados do governo federal apontam que, em 2022, 99 crianças Yanomami morreram, sendo a maioria, por desnutrição, pneumonia e diarreia. Nos últimos quatros anos, no governo Bolsonaro, a estimativa é de que cerca de 570 crianças foram a óbito em todo o território indígena. No ano passado, foram registrados 11.530 casos confirmados de malária na terra Yanomami.
“É estarrecedora e revoltante a situação em que se encontram os Yanomamis. Além das ações já anunciadas pelo governo federal, é fundamental que toda a sociedade se mobilize para ajudar esse povo indígena, vítima da negligência e do abandono governamental, além da ação destruidora do garimpo ilegal”, pontua Sergio Takemoto, presidente da Fenae.
O presidente da Apcef/RR, André Ferreira, lembrou do espírito solidário dos empregados da Caixa e os convidou a ajudar os yanomamis. “Quero convidar todos os associados da Apcef Roraima e das Apcefs de todo o Brasil para contribuir com essa campanha. Que possamos ajudar o povo da etnia Yanomami que está passando por uma crise sanitária e de insegurança alimentar”.
As doações para campanha do Movimento Solidário - programa de responsabilidade social da Fenae e das Apcefs - já podem ser feitas.
Veja como doar!
Doações bancárias:
Banco: Caixa (104)
Agência: 1041
Operação: 003
Conta corrente: 50174-4
CNPJ/PIX: 34.267.237/0001-55
Federação Nacional das Associações do Pessoal CEF.
Doação de pontos Nosso Valor (para associados às Apcefs)
Acesse a plataforma, entre em catálogo e depois clique no ícone doação.
Alimentos e outros donativos
Devem ser entregues na agência da Caixa em Boa Vista, Rua José Magalhaes 321- Centro/Boa Vista. Aos cuidados da diretora Social da Apcef/RR. Janismara Brito.
Saiba mais
Por conta do cenário de crise sanitária, o Ministério da Saúde decretou estado de emergência na saúde no território Yanomami. Equipes do órgão encontraram na terra indígena casos graves de crianças e adultos com desnutrição severa, verminose e malária, além de infecção respiratória aguda.
Com a decretação do estado de emergência, o Ministério da Saúde acionou a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) - ação voltada à execução de medidas de prevenção, assistência e repressão a situações epidemiológicas, de desastres ou de desassistência à população quando for esgotada a capacidade de resposta do estado ou município.
O ministério estuda acelerar a contratação de mais profissionais para atuação nos Distritos Sanitários Indígenas.