Um estudante de Medicina, de 30 anos, foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal, nesta quarta-feira (31) por pedofilia. Ele é suspeito de induzir crianças de até 13 anos a enviarem fotos e vídeos com conteúdo sexual pela internet.
De acordo com os investigadores, o homem, que não teve seu nome divulgado pela polícia, usava jogos online para atrair as vítimas.
As investigações tiveram início em junho de 2021, depois que a mãe de uma das vítimas descobriu mensagens sexuais do filho de 12 anos com o estudante de Medicina. A polícia afirmou que o homem agia no Distrito Federal, em Mato Grosso, em Minas Gerais e, até mesmo, na Bolívia.
Ele estava foragido desde o ano passado, mas foi encontrado em uma cidade no Mato Grosso, de acordo com o G1.
A Polícia Civil informou, ainda, que a mãe de uma das vítimas observou, em junho do ano passado, que as conversas do filho com o suspeito ocorriam há cerca um mês, durante jogos online.
Nos diálogos dentro da plataforma e por aplicativo de mensagens, o homem convencia o menor a enviar fotos onde aparecia nu, ao mesmo tempo em que recebia vídeos e fotografias pornográficas do suspeito.
Os investigadores disseram, também, que o homem usava a influência que tinha nos jogos online para convencer as crianças a trocar fotos e vídeos sexuais, com a promessa de recompensas no jogo.
“Uma vez que conquistava a confiança das crianças, fornecia um número de WhatsApp, registrado em nome de terceiros, e passava a enviar e a receber tais vídeos”, destacou a Polícia Civil.
O acusado usava várias linhas telefônicas, todas em nomes de outras pessoas
As apurações revelaram que o homem utilizava inúmeras linhas telefônicas, todas registradas em nomes de outras pessoas, e alguns dos diálogos ocorreram na empresa em que ele trabalhava.
O acusado também convidava menores para fazer sexo em uma casa abandonada em Barra do Garças, Mato Grosso.
A polícia informou que ele estudava Medicina na Bolívia e voltou ao Brasil para se submeter a um procedimento médico. No computador dele, foram encontrados arquivos suspeitos enviados para pessoas na Bélgica e na Bolívia.
O homem foi indiciado por crime de estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de prisão. Pela troca, disponibilização, transmissão e distribuição de fotografia, vídeo ou outro registro pornográfico, envolvendo criança ou adolescente, a punição pode chegar a 6 anos de reclusão.