DISCURSO DE ÓDIO

VÍDEO: Pastor antivacina prega tortura e morte contra ministros do STF

“Que aqueles juízes não morram de causas naturais. Que seus ossos apodreçam”, disse Tupirani da Hora Lores, conhecido por atacar judeus, negros e gays

O pastor Tupirani da Hora Lores é conhecido por atacar judeus, negros e gays.Créditos: TV Globo/Reprodução
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Um vídeo do pastor Tupirani da Hora Lores, líder da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, viralizou nas redes sociais. Conhecido por atacar judeus, negros e gays em suas pregações, ele agora resolveu disparar violentamente contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Que os juízes comecem a ser exterminados e que a polícia não possa mais prender, porque já não haverá quem julgue as causas. Porque não adianta mesmo os que são presos hoje, ó Deus, porque o maldito STF está associado ao crime nacional”, acusou.

Desgraçado STF no Brasil. Maldito STF. Que aqueles juízes não morram de causas naturais. Que seus ossos apodreçam. Que eles tenham que ser carregados em cima de camilhas, cadeiras de rodas. Que não consigam se sustentar sobre os próprios pés e coluna”, desejou o pastor.

Em seguida, ele foi mais além: “Deus, envia um vírus novo para comer a coluna desses juízes malditos do STF. Que para se locomoverem tenham que rolar no chão como malditos, desgraçados e inimigos do bem e da sociedade que são”.

“Ouve nosso clamor, senhor. A putrefação dessa nação, a podridão dessa nação já nos sufoca. Não conseguimos mais respirar. Faça cair as diretoras das escolas pelo teu coronavírus, pelo Ômicron, Deus”, disse, em mais uma fala absurda.

Pastor já foi condenado e preso

No final de junho, Tupirani foi condenado pela Justiça Federal a 18 anos e 6 meses de prisão por crimes de racismo e ódio contra judeus, de acordo com a coluna Virouviral, na Veja.

Durante a realização de um culto veiculado pela internet, ele declarou que judeus “deveriam ser envergonhados como foram na 2ª Guerra Mundial”.

Ele já pregou discursos de ódio contra religiões de matriz africana, pessoas LGBTQIA+ e negros. 

Em fevereiro este ano, ele foi preso pela Polícia Federal (PF). No momento de sua prisão ele provocou a Rede Globo e mandou os judeus à "pqp".

O pastor foi alvo da operação Rófesh — nome que, em hebraico, significa liberdade, fazendo alusão a discussões sobre os limites da liberdade de expressão. De acordo com a PF, ele é acusado de produzir e publicar diversos vídeos com ataques diretos aos judeus e membros de outras religiões.

Tupirani faz parte de uma seita radical e costuma fazer pregações racistas, contra a vacina anti-Covid e contra o voto. Um cartaz na entrada da igreja diz: "Não votamos: não elegemos marginais.