O ex-comandante do Exército general Villas Bôas teceu elogios a um militar da reserva apontado como torturador pela Comissão Nacional da Verdade.
A menção ao coronel Rubens Bizerril está no livro recém-lançado pela editora FGV “General Villas Bôas: conversa com o comandante”, o mesmo em que revela os bastidores da elaboração da postagem de "pressão" ao Supremo Tribunal Federal (STF), em 2018, contra a concessão de um habeas corpus por parte da Corte ao ex-presidente Lula.
"Encontrei excelentes instrutores, como o capitão Bizerril e o tenente Garlipp, respectivamente, meus comandantes de companhia e de pelotão", escreveu Villas Bôas.
Bizerril é apontado pela Comissão Nacional da Verdade como um dos envolvidos na tortura e morte do estudante secundarista Ismael Silva de Jesus em 1972, durante a ditadura militar.
À Folha de S. Paulo, o militar da reserva negou as acusações. "Fui acusado por causa da função que eu exercia. Só por isso. Eu nunca encostei a mão em ninguém", afirmou.
*Com informações da Folha de S. Paulo