O deputado estadual Emidio de Souza (PT-SP) cobra um posicionamento da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), diante do vídeo que circula nas redes sociais. Três agentes de segurança que atuam na Estação Granja Julieta, da Linha 9-Esmeralda, em São Paulo, foram flagrados espancando um ambulante com deficiência.
“Desumana a truculência da segurança da estação Granja Julieta da CPTM contra um homem com deficiência. Pedi explicações à direção da empresa sobre a agressão e o afastamento dos agentes terceirizados enquanto durar a investigação”, denuncia Emidio, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
“Triste ver que uma pessoa que tenta trabalhar, em meio a uma grave crise econômica, e é tratada com tamanha brutalidade. O papel de tais agentes é proteger as pessoas e não agredir”, acrescenta o parlamentar.
As imagens, gravadas no sábado (18), mostram um trabalhador, que não tem uma das pernas, sendo agredido pelos seguranças.
O homem é jogado à força no chão por um dos agentes. Enquanto isso, os outros dois funcionários puxam as muletas que ajudavam o ambulante. Ele, que obviamente não oferecia resistência, tenta levantar, mas é impedido pelos três agentes.
CPTM se limita a dizer que não é permitido comércio ambulante no local
A CPTM divulgou uma nota, se limitando a dizer que, por volta de 18 horas do sábado, a equipe de segurança da Estação Granja Julieta, na Linha 9-Esmeralda CPTM, abordou uma pessoa por fazer comércio irregular nas dependências da estação. Após a abordagem, a mercadoria foi apreendida e o vendedor foi retirado do local.
A empresa informou que não é permitido comércio ambulante nos trens e estações da CPTM e que a atuação da companhia está respaldada por um decreto federal, que regulamenta o transporte ferroviário.
A empresa destaca, ainda, que o combate ao comércio ilegal nas dependências da companhia se dá por fiscalização aos vendedores irregulares flagrados, que estão sujeitos à retirada do sistema e à apreensão da mercadoria que estava sendo comercializada.
Ou seja, em momento nenhum, a CPTM tratou do assunto principal da ocorrência: a maneira desumana como os agentes da empresa trataram o ambulante com deficiência.