Vídeo: Deputado cobra punição a agentes da CPTM por agressão contra ambulante com deficiência

Seguranças da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos agridem um trabalhador que não tem uma das pernas na Estação Granja Julieta, em São Paulo

Foto e vídeo: Reprodução/Alvarenga TV
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O deputado estadual Emidio de Souza (PT-SP) cobra um posicionamento da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), diante do vídeo que circula nas redes sociais. Três agentes de segurança que atuam na Estação Granja Julieta, da Linha 9-Esmeralda, em São Paulo, foram flagrados espancando um ambulante com deficiência.

“Desumana a truculência da segurança da estação Granja Julieta da CPTM contra um homem com deficiência. Pedi explicações à direção da empresa sobre a agressão e o afastamento dos agentes terceirizados enquanto durar a investigação”, denuncia Emidio, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

“Triste ver que uma pessoa que tenta trabalhar, em meio a uma grave crise econômica, e é tratada com tamanha brutalidade. O papel de tais agentes é proteger as pessoas e não agredir”, acrescenta o parlamentar.

https://twitter.com/EmidioDeSouza_/status/1473322681449730049

As imagens, gravadas no sábado (18), mostram um trabalhador, que não tem uma das pernas, sendo agredido pelos seguranças.

O homem é jogado à força no chão por um dos agentes. Enquanto isso, os outros dois funcionários puxam as muletas que ajudavam o ambulante. Ele, que obviamente não oferecia resistência, tenta levantar, mas é impedido pelos três agentes.

CPTM se limita a dizer que não é permitido comércio ambulante no local

A CPTM divulgou uma nota, se limitando a dizer que, por volta de 18 horas do sábado, a equipe de segurança da Estação Granja Julieta, na Linha 9-Esmeralda CPTM, abordou uma pessoa por fazer comércio irregular nas dependências da estação. Após a abordagem, a mercadoria foi apreendida e o vendedor foi retirado do local.

A empresa informou que não é permitido comércio ambulante nos trens e estações da CPTM e que a atuação da companhia está respaldada por um decreto federal, que regulamenta o transporte ferroviário.

A empresa destaca, ainda, que o combate ao comércio ilegal nas dependências da companhia se dá por fiscalização aos vendedores irregulares flagrados, que estão sujeitos à retirada do sistema e à apreensão da mercadoria que estava sendo comercializada.

Ou seja, em momento nenhum, a CPTM tratou do assunto principal da ocorrência: a maneira desumana como os agentes da empresa trataram o ambulante com deficiência.