O deputado estadual paulista Fernando Cury (Cidadania), flagrado ao apalpar a colega Isa Penna (PSOL-SP) no meio do plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), alegou, em defesa apresentada à comissão de ética de seu partido, que não sabe do que é acusado.
A defesa do parlamentar foi obtida pelo jornal Folha de São Paulo, que a publicou nesta terça-feira (5). Cury foi afastado pela legenda após a repercussão do caso, em dezembro de 2020.
No documento, Cury contesta a validade do processo aberto pelo Cidadania para investigá-lo. Alega que “nem sequer sabe exatamente do que está sendo acusado” e pede que o processo seja reiniciado no diretório estadual.
Embora Cury argumente não saber do que é acusado, a cena em que ele se aproxima de Isa Penna por trás da deputada e a abraça, tocando seus seios, foi flagrada pelas câmeras da casa. Os dois estavam no centro do plenário. Isa falava com o presidente da casa, Cauê Macris (PSDB), que estava na mesa, quando foi assediada.
Processo já em janeiro
Em suas redes sociais, Isa pediu nesta terça-feira que a Alesp convoque sessão extraordinária em janeiro para iniciar a apuração do caso no Conselho de Ética. Ela teme que, se a apuração só começar em 1º de fevereiro, quando termina o recesso parlamentar, a pressão sobre o episódio esfrie.
“O caso de assédio que vivi no fim de 2020 precisa ser aberto agora em janeiro, portanto estamos pedindo ajuda a TODOS os deputados, ao Cauê Macris e SGP, para iniciar sessão extraordinária, ajudem com esse pedido! É por todas nós”, escreveu ela.