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Enquanto os petroleiros resistem e seguem com a greve nacional contra o desmonte da Petrobras e as demissões na categoria, os trabalhadores da Dataprev, também através da greve, conquistaram uma importante vitória: conseguiram reverter as demissões de quase 500 servidores e abrir prazo de negociação com o governo.
A suspensão das demissões, que ocorreram em meio ao fechamento de agências, que faz parte do desmonte promovido pelo governo, fez a categoria encerrar a greve que já durava duas semanas. A determinação para que os trabalhadores demitidos sejam realocados é do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que decidiu ainda que os trabalhadores não poderão ter os dias parados descontados da folha de pagamento.
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Ao site Brasil de Fato, Celio Stemback, diretor de comunicação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Processamento de Dados Serviços em Informática e Similares (Fenadados), afirma que a categoria já voltou à ativa e aguarda agora que o governo cumpra sua parte no acordo. Segundo ele, se não houver diálogo a paralisação será retomada.
“Eles não gostam muito de conversar. Mas a gente fez questão de fazer o acordo no Tribunal, porque a gente entende que a Dataprev será obrigada a cumprir essa agenda. Caso a Dataprev não cumpra com sua promessa de tentar alocar essas pessoas, o movimento está forte e a gente pode voltar a qualquer momento à paralisação. Espero que a gente não tenha que chegar de novo a esse extremo."
A Dataprev processa cerca de 35 milhões de benefícios previdenciários por mês e é responsável pela segurança dos dados da previdência no Brasil. São R$ 50 bilhões em benefícios do INSS, o que representa R$ 555 bilhões por ano.
*Com informações do Brasil de Fato