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Gracinha (PSD), prefeita de Ilhabela (litoral de São Paulo), denunciou ter sido alvo de injúria racial pelas redes sociais. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que irá intimar as duas pessoas apontadas como responsáveis pelos ataques.
A prefeita apresentou à polícia cópias de comentários feitos nas redes sociais, nos quais internautas fazem menção a ela como “preta de neve” e “mula do morro”.
Ela decidiu denunciar o caso por considerar que os “comentários extrapolam a crítica política e ofendem sua moral”.
Os comentários foram feitos por um tenente coronel aposentado da Polícia Militar e uma servidora aposentada do Tribunal de Justiça. Gracinha é a primeira prefeita negra de Ilhabela. “Eu entendo quando recebo ataques políticos, porque nem todos vão concordar com tudo, mas eu não tenho vergonha da minha cor e do meu cabelo. Isso afeta meus filhos e meus netos também. Somos todos iguais”, afirmou. Os dois investigados podem responder por injúria racial. A pena pode chegar a três anos de prisão. [caption id="attachment_203904" align="alignnone" width="500"] Foto: Reprodução/Facebook[/caption] Os acusados O tenente coronel aposentado, Lidio Costa, negou que tenha cometido crime de injúria racial. “Não houve nenhum ataque racista. Ilhabela está mergulhada em corrupção. Sou um dos denunciantes desse esquema tanto na Polícia Federal quanto no Ministério Público. Gracinha é uma das envolvidas e usa de bandeiras sequestradas como essa para se vitimizar. Deixe a Justiça apurar. Não tenho nada a dizer”, disse ele, em contato com o G1. A servidora aposentada do Tribunal de Justiça, Mirian Zucarello, também negou racismo. “Tomo cuidado com as coisas que eu falo e com as palavras que eu uso. Não vejo isso como racista”.