Semana Tereza de Benguela discute o mundo do trabalho da mulher negra

Evento será realizado nas cidades de Santos e Cubatão e conta com programação extensa de palestras, projeção de filmes, debates e outras atrações culturais

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Uma reunião de mulheres negras que têm o objetivo principal de discutir as diversas nuances do mundo do trabalho. Este será o tema central da Semana Tereza de Benguela. O evento acontece de 22 a 26 de julho, nas cidades de Santos e Cubatão, na Baixada Santista. Idealizado por diversos grupos dos movimentos sociais, em conjunto com o Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital, da Universidade de São Paulo (USP), a semana de atividades culturais e acadêmicas em comemoração ao Dia Tereza de Benguela traz para reflexão “O que é o trabalho da mulher negra e como ele é visto e percebido pelo mundo do trabalho, a partir do olhar das mulheres negras”. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo. Programação A programação é a seguinte: 22 de julho – 18 às 22 horas 18 horas- SLAM PIRA VDC; 18h30 - Ornella Rodrigues; 19 horas – “História, Luz e Som: memórias de velho engenho”; 19h30 – “O Trabalho de Ocupar – impondo a presença nos espaços de poder”. Convidadas: Erica Malunguinho, Ana Lúcia Marchiri e Cleiniele Gomes. Facilitadora: Patrícia (Comitê Estadual de Combate ao Racismo do CRESS SP). Local: Monumento Nacional Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos (PRCEU/USP). 23 de julho – 15 às 22 horas 15 horas - Acotirenes: Exibição de filme e bate-papo sobre Memória e Negritude, filmes “Ôrí”, de Beatriz Nascimento, e “Retornados” de Maria Pereira; 16 horas -  PIC-NIC comunitário (Catarina e Priscila); 17 horas - Cicica e Thais – Oficina sobre História do Samba; 19 horas – “Trabalho e adoecimento no sistema capitalista: do trabalho na saúde mental manutenção da sanidade própria”. Convidadas: Letícia da Silva Moura, Aurélia Rios. Facilitadora: Cristiane Anizetti (GPTC-USP). Local: Instituto Procomum. 24 de julho – 16 às 22 horas 16 horas - Oficina de confecção de Bonecas Abayomi Camilla Morais; 17 horas – Exposição “Mulheres de Luta: força e pluralidade”, da fotógrafa Bete Nagô; 17h30 – Darluz – Dina Alves; 19 horas- Artista: trabalho, dom, lazer? Convidadas: Nenê Surreal, Priscila Ribeiro, Bete Nagô, Dina Alves. Facilitadora: Cidinha Santos (Coletivo Maria Vai com as Outras). Local: SESC/Santos – sala 01. 19 horas – “Mulheres Negras e Relação de Trabalho em Cubatão”. Convidadas: Paloma Santos, Natiele Pereira (Reflexos de Palmares). Facilitadora: Janete (COMPIR). Local: Câmara Municipal de Cubatão. 25 de julho – 17 às 22 horas 17 horas – Filme “Mataram nossos filhos”; 19 horas - Coral Canto Diverso; 19h30 – Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia de Tereza de Benguela. Convidadas: Dida Dias, Vera Oscar, Debora Maria da Silva, Eliana Pereira Silva. Facilitadora: Thayany Muniz (Educafro). Local: Educafro Valongo, Santos. 26 de julho – 17 às 22 horas 17 horas – “O trabalho para os Orixás: religiões de matriz africana”. Convidadas: Mãe Rosa de Mongaguá, Carmen Prisco, Ana Oliveira, Mamento Kissuanga (São Vicente). Facilitadora: Eugênia Lisboa (PLPs). 19 horas – “Lélia Gonzalez: o trabalho da intelectual e da militante negra”. Convidadas: Amarilis Costa, Renata Gonçalves, Regina Santos. Facilitadora: Cintia Neli (COMPIR). 21 horas – Encerramento Cultural - Grupo Afroketu. Local: Estação Cidadania, Santos. O evento será totalmente gratuito e as inscrições podem ser feitas pelo link: http://bit.ly/semanaterezadebenguela Participantes que frequentarem 75% das atividades receberão certificado do GPTC-USP. Mais informações: https://www.facebook.com/415466372515020/posts/424555161606141/ Ícone Tereza de Benguela foi uma líder quilombola que viveu onde hoje é o estado do Mato Grosso, durante o século XVIII. Foi esposa de José Piolho, chefe do Quilombo do Piolho ou do Quariterêre, entre o Rio Guaporé (atual fronteira entre Mato Grosso e Bolívia) e a cidade de Cuiabá. Com a morte de José Piolho, Tereza se tornou a rainha do quilombo. Com sua liderança, as comunidades negra e indígena resistiram à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído.