72 detentos sumiram após rebeliões de 2017; MDH suspeita de mortes

Segundo o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, órgão que inspeciona penitenciárias, ligado ao Ministério dos Direitos Humanos, depois das rebeliões em presídios em 2017, 72 detentos desapareceram

A Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus) afirma que um novo presídio, com capacidade para 300 presos, será licitado (Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ)
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Segundo relatório anual do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, órgão que inspeciona penitenciárias e é ligado ao Ministério dos Direitos Humanos, depois das rebeliões em presídios no ano passado, 72 detentos desapareceram. O relatório será divulgados nesta quarta (1º). A versão oficial do governo federal é que os presos fugiram e não foram localizados. Mas o órgão levanta outra hipótese. “Os casos envolvem desde a omissão criminosa do Estado - ao não exercer sua obrigação de empreender investigação e buscas de corpos - até suspeitas fundadas em fortes indícios de práticas de homicídios envolvendo agentes públicos, passando inclusive pela ocultação de cadáver”, diz o relatório. Nas rebeliões ocorridas no final de 2017, oito pessoas desapareceram de um presídio em Roraima e outras 64, de uma penitenciária no Rio Grande do Norte.