Escrito en
DIREITOS
el
Do Facebook da professora Carol Proner
A jurista e professora Carol Proner postou, nesta quarta-feira (27), em sua conta no Facebook, um texto com explicações sobre as diversas atitudes usadas, normalmente pelos homens, para coibir as mulheres.
São práticas corriqueiras já bem conhecidas e que já tem nome: Manterrupting, Mansplaining, Bropriating, Gaslighting.
Veja abaixo, no texto de Carol Proner, o significado de cada uma delas.
O que é Manterrupting, Mansplaining, Bropriating, Gaslighting?
Sobre a Manuela e a entrevista no Roda Viva, a professora da Nepem/UFMG Marlise Matos destacou a ocorrência da “violência política sexista” e a manifestação desse tipo de violência em diversas atitudes como tentar calar ou interromper ou explicar o que a candidata, ela própria, acabava de dizer.
São fundamentais os termos criados pelo pensamento feminista para explicar e reagir a esse tipo de violência silenciosa que ocorre também dentro de casa, no trabalho, no facebook e grupos de zap, na reunião política (de esquerda também, companheiros!!!) e principalmente nas relações afetivas.
Manterrupting:
Quando um homem interrompe constantemente uma mulher, de maneira desnecessária, não permitindo que ela consiga concluir sua frase.
A palavra é uma junção de “man” (homem) e “interrupting” (interrupção) e, em tradução livre, quer dizer “homens que interrompem”.
Mansplaining:
Quando um homem dedica seu tempo para explicar algo óbvio a uma mulher, de forma didática, como se ela não fosse capaz de entender. O termo é uma junção de “man” (homem) e “explaining” (explicar).
Bropriating:
Quando um homem se apropria da mesma ideia já expressada por uma mulher, levando os créditos por ela. O termo é uma junção de “bro” (de brother, irmão, mano) e “appropriating” (apropriação).
Gaslighting:
Gaslighting (derivado do termo inglês Gaslight, ‘a luz [inconstante] do candeeiro a gás’) é um dos tipos de abuso psicológico que leva a mulher a achar que enlouqueceu ou está equivocada sobre um assunto, sendo que está originalmente certa. É um jeito de fazer a mulher duvidar do seu senso de percepção, raciocínio, memórias e sanidade.
No dia a dia, algumas frases são características deste tipo de comportamento: “Você está exagerando”; “Pare de surtar”; “Não aceita nem uma brincadeira?”; “Você está louca”; entre outras. É um comportamento que afeta homens e mulheres, mas as mulheres são vítimas culturalmente mais fáceis.