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"Dia 22 de fevereiro é um dos dias mais felizes da minha vida, só vai perder para o dia 27 de fevereiro, o dia em que vamos levar todas essas crianças e adolescentes ao cinema!", escreveu Vitória - Fotos: Reprodução/Facebook[/caption]
Vitória Sant’Anna, estudante de pedagogia de 22 anos, usou o alcance do Facebook para fazer uma campanha, com o intuito de levar o máximo de crianças e jovens negros da periferia de Porto Alegre (RS) para assistir “Pantera Negra” no cinema. Depois de ter sua publicação censurada na rede social, ela conseguiu arrecadar o valor suficiente para levar 210 crianças para assistir ao primeiro filme protagonizado por um super-herói negro na história da Marvel.
O caminho não foi fácil. Quando Vitória conseguiu o valor de 100 entradas, o Facebook simplesmente bloqueou a publicação da jovem e informou que o conteúdo estava fora dos padrões da comunidade.
Na mesma data, Vitória fez um desabafo na rede. “O post da campanha 'DOE 1 INGRESSO PARA UMA CRIANÇA NEGRA ASSISTIR O FILME PANTERA NEGRA NO CINEMA EM 3D' foi denunciado por racistas e excluído do Facebook. Criar uma campanha para levar crianças negras ao cinema é uma afronta para a sociedade branca, racista e escravocrata, que não consegue imaginar a possibilidade de nos fortaleceremos. Mas a campanha segue, não vamos deixar com que eles nos afetem”.
Em pouco tempo, a rede social se retratou e enviou uma mensagem em que revela que o caso não passou de um acidente: “Um membro de nossa equipe removeu acidentalmente algo publicado por você no Facebook. Isto foi um engano e pedimos sinceras desculpas por este erro. Restauramos o conteúdo em questão e agora você pode visualizá-lo novamente”.
Depois de tudo resolvido, ela postou em sua página no Facebook: “Dia 15 de fevereiro fui ao cinema assistir ao filme “Pantera Negra” e saí de lá com uma missão: levar o maior número de crianças e jovens negros de periferia para assistir esse filme que fala sobre heróis negros. Dia 16 iniciei a campanha e a meta inicial era levar 30 crianças e jovens.
Em quatro dias foi arrecadado o suficiente para pagar ônibus, ingresso, refrigerante e pipoca para 100. No mesmo dia que conseguimos doações para 100 crianças, fui bloqueada e acusada de fazer uma campanha racista, que tem o objetivo principal levar crianças negras.
Hoje, duplicamos a meta de 100 e compramos 210 ingressos para as crianças negras e de periferia assistirem ao filme “Pantera Negra” em 3D com transporte, pipoca e refrigerante!!!!!!!!!
Dia 22 de fevereiro é um dos dias mais felizes da minha vida, só vai perder para o dia 27 de fevereiro, o dia em que vamos levar todas essas crianças e adolescentes ao cinema!
Muito obrigada!!!!!!”.
"Dia 22 de fevereiro é um dos dias mais felizes da minha vida, só vai perder para o dia 27 de fevereiro, o dia em que vamos levar todas essas crianças e adolescentes ao cinema!", escreveu Vitória - Fotos: Reprodução/Facebook[/caption]
Vitória Sant’Anna, estudante de pedagogia de 22 anos, usou o alcance do Facebook para fazer uma campanha, com o intuito de levar o máximo de crianças e jovens negros da periferia de Porto Alegre (RS) para assistir “Pantera Negra” no cinema. Depois de ter sua publicação censurada na rede social, ela conseguiu arrecadar o valor suficiente para levar 210 crianças para assistir ao primeiro filme protagonizado por um super-herói negro na história da Marvel.
O caminho não foi fácil. Quando Vitória conseguiu o valor de 100 entradas, o Facebook simplesmente bloqueou a publicação da jovem e informou que o conteúdo estava fora dos padrões da comunidade.
Na mesma data, Vitória fez um desabafo na rede. “O post da campanha 'DOE 1 INGRESSO PARA UMA CRIANÇA NEGRA ASSISTIR O FILME PANTERA NEGRA NO CINEMA EM 3D' foi denunciado por racistas e excluído do Facebook. Criar uma campanha para levar crianças negras ao cinema é uma afronta para a sociedade branca, racista e escravocrata, que não consegue imaginar a possibilidade de nos fortaleceremos. Mas a campanha segue, não vamos deixar com que eles nos afetem”.
Em pouco tempo, a rede social se retratou e enviou uma mensagem em que revela que o caso não passou de um acidente: “Um membro de nossa equipe removeu acidentalmente algo publicado por você no Facebook. Isto foi um engano e pedimos sinceras desculpas por este erro. Restauramos o conteúdo em questão e agora você pode visualizá-lo novamente”.
Depois de tudo resolvido, ela postou em sua página no Facebook: “Dia 15 de fevereiro fui ao cinema assistir ao filme “Pantera Negra” e saí de lá com uma missão: levar o maior número de crianças e jovens negros de periferia para assistir esse filme que fala sobre heróis negros. Dia 16 iniciei a campanha e a meta inicial era levar 30 crianças e jovens.
Em quatro dias foi arrecadado o suficiente para pagar ônibus, ingresso, refrigerante e pipoca para 100. No mesmo dia que conseguimos doações para 100 crianças, fui bloqueada e acusada de fazer uma campanha racista, que tem o objetivo principal levar crianças negras.
Hoje, duplicamos a meta de 100 e compramos 210 ingressos para as crianças negras e de periferia assistirem ao filme “Pantera Negra” em 3D com transporte, pipoca e refrigerante!!!!!!!!!
Dia 22 de fevereiro é um dos dias mais felizes da minha vida, só vai perder para o dia 27 de fevereiro, o dia em que vamos levar todas essas crianças e adolescentes ao cinema!
Muito obrigada!!!!!!”.